O Presidente norte-americano, Joe Biden, aproveitou o famoso Jantar de Correspondentes da Casa Branca para criticar o seu antecessor, Donald Trump.

Esta é a primeira vez que um presidente participa no jantar em seis anos”, começou por dizer o líder norte-americano. “É compreensível. Tivemos uma praga horrível… seguida de dois anos de Covid”, acrescentou ironicamente durante o discurso proferido no evento de sábado.

Em 2020 e 2021 , o jantar foi cancelado por causa da pandemia. Porém, desde 2016, ano em que Obama participou pela última vez neste jantar, que o líder dos EUA não participava na cerimónia. Donald Trump boicotou as três edições entre 2017 e 2019, tendo participado num comício em Wisconsin no último ano antes da pandemia na mesma altura em que os correspondentes em Washington se reuniam.

A cerimónia deste ano serviu para Joe Biden demonstrar a eficácia das vacinas contra a Covid-19 e demonstrar que as mesmas permitem um regresso à normalidade. “Sei que há questões sobre se nos devíamos juntar aqui esta noite por causa da Covid”, disse o Chefe de Estado norte-americano, referente às cerca de 2.600 pessoas que participaram na cerimónia. “Bem, estamos aqui para mostrar ao país que estamos a ultrapassar esta pandemia. Além disso, toda a gente [aqui] teve de provar estar vacinado com a dose de reforço.”

Tradicionalmente, a cerimónia conta com a participação de um humorista para entreter o público com várias provocações ao líder da Casa Branca. Trevor Noah, comediante do The Daily Show, subiu ao palco para brincar com Joe Biden – e teve resposta do Presidente norte-americano.

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Os avisos feitos a Donald Trump no (terceiro) Jantar de Correspondentes a que faltou

O Trevor é fenomenal. Quando fui eleito, ele fez um espetáculo e chamou-me de Novo Pai da América. Deixa-me dizer-te uma coisa, amigo: sinto-me elogiado por alguém me chamar de alguma coisa ‘nova'”, afirmou Biden.

O Presidente dos EUA deixou ainda, no fim da cerimónia, uma mensagem mais séria a respeito da relação dos media com a Casa Branca.

“A verdade é enterrada por mentiras e essas mentiras passam a viver como verdade”, afirmou. “O que é evidente, e digo-o do fundo do meu coração, é que vocês, a imprensa livre, importam mais agora do que no último século. Eu digo-o a sério. Sempre acreditei que o bom jornalismo é um espelho para todos nós para que reflitamos no bem, no mal e na verdade”, rematou.