O grupo Hyundai Motor Company, que também engloba a Kia e a Genesis, adquiriu em 2019 uma “fatia” da Rimac. O objectivo era ter acesso, em condições mais céleres e vantajosas, à tecnologia que o pequeno (mas ágil) construtor croata demonstrou possuir, ao conceber e produzir o seus hiperdesportivos eléctricos, respectivamente o Concept-One e o Nevera, este último com 1914 cv. Sucede que, entretanto, o Grupo Volkswagen realizou uma joint-venture com a Rimac, a 45%-55%, em que a VW fornecia a Bugatti e a Rimac a sua tecnologia, tendo sido colocada a Porsche a defender os interesses dos germânicos. O grupo sul-coreano entende que os alemães passaram a ter demasiado peso junto da Rimac, pelo que prefere sair da parceria.

A Hyundai/Kia adquiriu originalmente 12% da Rimac por 80 milhões de euros e isto deu-lhe a primazia de aceder à tecnologia a 800V, que utiliza para já no Hyundai Ioniq 5 e no Kia EV6. Terá igualmente usufruído do acesso a sistemas de gestão de energia mais sofisticados, permitindo cargas mais rápidas, a potências superiores, e alimentação de motores mais potentes, sem que delas resulte um maior aquecimento das células. Também soluções como a transferência bidireccional de energia, o que permite ao veículo carregar ou fornecer energia, passaram a estar disponíveis, além da possibilidade de aproveitar a bateria para recarregar drones, bicicletas e trotinetas eléctricas, a 220V.

Kia EV6 foi o primeiro. Vêm aí mais 10 até 2026

A decisão de sair da parceria, por parte da Hyundai/Kia, já levou a Automotive News Europa a contactar a Rimac. O comentário que a publicação obteve dos croatas refere apenas que há “dois projectos de alto nível com o grupo Hyundai, um já completado e vários projectos ainda em discussão”. É provável que esses projectos se refiram a futuros modelos já anunciados para breve, como os Hyundai Ioniq 6 e Ioniq 7, além do Kia EV9.

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