Respaldada pelo desafogo financeiro do Hyundai Motor Group, a Kia tem vindo a convencer cada vez mais compradores europeus. E o que começou pela confiança no produto, sustentada pela compra com uma garantia de sete anos, evoluiu para lá do value for money e da opção racional. O Stinger, como modelo de imagem, preparou a entrada da marca noutro capítulo da sua história, e o EV6, o primeiro modelo 100% eléctrico da Kia da nova vaga, isto é, com direito a uma arquitectura específica, marca o início de uma ofensiva de produto que, até 2026, colocará nas estradas mais uma dezena de modelos exclusivamente a bateria.

Isso mesmo foi ilustrado num teaser onde, sem mostrar mais do que as silhuetas dos veículos, a Kia confirma o lançamento de 11 modelos puramente eléctricos até 2026, dos quais sete serão assentes na Electric Global Modular Platform (E-GMP), a base do Hyundai Motor Group que, além do EV6, serve também os Ioniq 5 e 6 (o primeiro já à venda, o segundo chegará no final de 2022). Os quatro restantes serão derivados de modelos já existentes.

Pelo que as silhuetas permitem imaginar, o futuro eléctrico da marca passará pelo lançamento de uma série de carroçarias com os mais diferentes tamanhos, desde hatchbacks a berlinas, passando por crossovers, SUV e até o que poderá ser um furgão. Outra forma igualmente sugestiva, tipo “caixa” ultracompacta, indicia que nos planos da marca estará ainda uma proposta eléctrica para utilização eminentemente citadina.

Quanto ao cronograma, 2021 marcou o início da ampliação da gama da Kia com o EV6, a que se seguirão duas novidades em 2022 e três no ano seguinte. Em 2024, a marca deve voltar a apresentar um par de novos eléctricos para, entre 2025 e 2026, prever a revelação de mais três.

De recordar que a Kia não foi uma das marcas a subscrever o pacto da COP26, que define (não vinculativamente) o fim dos carros a combustão em 2035 na Europa e, cinco anos depois, no resto do mundo. Contudo, à medida que vai dando pistas acerca do “Kia Sustainability Movement”, parece que o fabricante sul-coreano está concentrado não em complementar o seu portefólio, mas sim em renová-lo numa lógica de substituição de mecânicas convencionais por motorizações eléctricas. O objectivo é atingir vendas de BEV, em 2030, na ordem das 920.000 unidades.

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