A incursão dos carros mais rápidos do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) pelos motores híbridos foi tão dispendiosa quanto curta. Isto porque a Federação Internacional do Automóvel (FIA), pressionada pelas três marcas que disputam o WRC (Toyota, Hyundai e Ford) e pela necessidade de atrair mais construtores, decidiu reduzir drasticamente os custos dos Rally1, os modelos mais rápidos que disputam as vitórias.



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As consequências desta decisão da FIA vão tornar-se evidentes já no final desta época, uma vez que em 2025 serão estreados os novos carros do WRC. Para trás ficam os motores a gasolina com 1,6 litros de capacidade e soprados por um turbocompressor, “ajudados” por um motor eléctrico alimentado por uma pequena bateria (3,9 kWh), que eleva a potência total para próximo dos 500 cv.

Toyota Yaris WRC1

As novas mecânicas passam essencialmente pela recuperação do mesmo motor a gasolina, o 1.6 Turbo, com um restritor de ar mais generoso para incrementar a potência para cerca de 350 cv. Se a potência baixa, a FIA estabeleceu uma forma de compensar este handicap para manter o nível de aceleração, ao poupar no peso. Com a retirada do sistema híbrido, os Rally1 de 2025 vão ser 100 kg mais leves, o que lhes permitirá assegurar o mesmo tempo nas classificativas, segundo os técnicos da FIA.

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Ford Puma WRC1

Mas a grande vantagem dos WRC1 para 2025 é a redução operada em matéria de custos. Quando, em 2022, a FIA fez evoluir os WRC1 de motores de combustão para híbridos, fez questão de respeitar o tecto orçamental, que apontava para um custo de 1 milhão de euros para cada WRC1. Agora para 2025, com a retirada do sistema híbrido e o fim da profusão de apêndices aerodinâmicos em fibra de carbono, que não resistem nem ao mais ligeiro toque num arbusto, a FIA estima que os futuros WRC1 vão ver o seu preço unitário cair de 1 milhão de euros para apenas 400.000€, ou seja, uma redução de 60%.

Novidades do Ford Puma Rally 1: das luzes à potência

Esta estratégia até pode resultar, uma vez que a diferença dos Rally1 de 2025 face aos WRC2 — a categoria secundária do Mundial —, passa a ser muito pequena, o que poderá levar marcas como a Skoda a dar o salto para a categoria rainha e, assim, conseguir disputar vitórias à geral em vez de apenas à classe, atraindo deste modo mais construtores.