Elon Musk, multimilionário e patrão da Tesla, disse esta quarta-feira que o Twitter poderá passar a cobrar um custo “mínimo” a utilizadores comerciais e governamentais que usem a rede social. A ideia foi anunciada pelo próprio com um tweet onde escreveu que a plataforma será “sempre de acesso livre para utilizadores comuns”.

As declarações de Elon Musk surgem após deputados britânicos o terem convidado para discutir as propostas que tem para a plataforma “com mais profundidade” perante um comité parlamentar, escreve o jornal The Guardian.

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Ao considerar cobrar uma taxa a empresas e entidades governamentais, o multimilionário pretende aumentar as receitas da rede social, que ficaram abaixo das dos rivais, como a Meta, noticia a agência Reuters. Elon Musk informou os bancos que iria desenvolver estratégias para conseguir esse aumento, como, por exemplo, convidar influenciadores para criarem conteúdo para a empresa ou ganhar dinheiro através de tweets com informações importantes ou que sejam virais. O corte de salários de executivos e a demissão de funcionários também podem ser hipóteses para reduzir os custos.

Já na Met Gala, que se realizou em Nova York, esta segunda-feira, o patrão da Tesla e da SpaceX disse que o alcance do Twitter era atualmente apenas de “nicho” e revelou que gostaria que uma percentagem maior dos norte-americanos utilizasse a rede social.

Para aumentar as receitas e o número de utilizadores, Elon Musk pretende fazer várias mudanças “significativas” na plataforma, como terminar com a política de moderação de conteúdos, — que proíbe a propagação de desinformação ou a publicação de conteúdo violento —, retirar a empresa da bolsa, “derrotar” os bots ou tornar o algoritmo aberto.

Da alteração do modelo de negócio ao fim da moderação de conteúdos. O que pode Elon Musk mudar no Twitter?

O Twitter anunciou ter aceitado a oferta do empresário no valor de 44 mil milhões de dólares para adquirir a rede social, mas o processo de compra pode levar meses a ser finalizado. Isto significa que as mudanças que Musk quer fazer poderão levar algum tempo a ser implementadas.

Até agora, a rede social conta apenas com um serviço premium, o Twitter Blue, que inclui algumas funcionalidades exclusivas como a capacidade de desfazer um tweet já publicado. A empresa ainda não reagiu às declarações do multimilionário, mas esta terça-feira lançou uma nova funcionalidade que permite aos utilizadores construírem grupos privados, um “círculo de amigos”.

Semelhante aos “amigos chegados do Instagram”, a nova funcionalidade do Twitter, que ainda está com acesso limitado, permite que os utilizadores possam escolher se querem partilhar um tweet com os seus seguidores e com o público ou só com um círculo que pode ter até 150 pessoas.  Quando os utilizadores removem pessoas do seu “círculo”, as mesmas não serão informadas e também não será possível partilhar a informação ali publicada pelo criador do grupo.