O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América está a investigar 109 novos casos de hepatite aguda de origem desconhecida no país, incluindo a morte de cinco crianças.
A 21 de abril, o CDC alertou para nove casos de hepatite de origem desconhecida no Alabama. Desde então, foram já detetados casos em pelo menos 25 dos 50 estados norte-americanos e mais de 90% das crianças atingidas tiveram de ser hospitalizadas. De acordo com a imprensa norte-americana, cerca de 14% dos casos precisaram de transplante hepático. A maioria dos casos recuperou na totalidade.
Durante o primeiro caso, achei estranho”, explicou ao canal norte-americano Markus Buchfellner, pediatra que seguiu os primeiros casos em outubro do ano passado no Alabama. “Depois, quando surgiu o segundo caso, pensei ‘ok, temos de falar com alguém sobre isto.”
Um estudo da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido indica que, dos 163 casos registados, 126 crianças foram testadas para a presença de adenovírus, tendo 91 dado positivo para este agente. Os investigadores tentaram ainda sequenciar o genoma na totalidade mas tal não foi possível. Houve 18 casos em que foi possível analisar parte parcial do genoma do vírus e todos tinham sido infetados com o adenovírus 41F, o mesmo presente nos casos reportados nos EUA.
O mais estranho nas crianças doentes nos EUA, segundo os especialistas, é que foram detetados traços do adenovírus 41 nas amostras de sangue, mas não nas amostras do fígado retiradas em biópsias.