Um manuscrito de Nostradamus que tinha sido roubado de uma biblioteca Roma foi finalmente devolvido no início deste mês à instituição italiana, depois de ter sido encontrado na Alemanha pelas autoridades em maio do ano passado.
O livro de 500 páginas, intitulado Nostradamus M Profhecies, foi encontrado quando estava à venda num leilão na Alemanha, explicou a unidade de Proteção patrimonial de Itália, segundo o jornal El Mundo.
Numa publicação no Facebook, o Centro de Estudos Históricos PP. Barnabiti, divulgou fotografias de “As Profecias” para anunciar o seu regresso a “casa”.
O antigo manuscrito de 1555, do astrólogo francês Michel de NostreDame, mais conhecido por Nostradamus, terá sido roubado das estantes da biblioteca do centro de estudos históricos, em Roma, “num momento indeterminado”, segundo o diário espanhol, mas acredita-se que tenha sido em 2007.
Os carabineros italianos (uma das duas forças policial de Itália) identificou um selo da biblioteca, datado de 1991, nas páginas do livro numa fotografia publicada no site da casa de leilões alemã, que permitiu confirmar ser o manuscrito original.
A pedido das autoridades judiciais italianas, os alemães bloquearam o leilão e o livro ficou sob custódia em Estugarda, na Alemanha, até ser “repatriado”.
O famoso volume com controversas profecias estava a leilão com um preço base de cerca de 12 milhões de euros, de acordo com as declarações da equipa de proteção patrimonial italiana, ao jornal The Guardian.
Foi devolvido, a 5 de maio, ao chefe da Biblioteca Geral do Centro de Estudos Históricos Barnabit de Roma, o padre Rodrigo Alfonso Nilo Palominos, de acordo com o jornal italiano la Repubblica, após a colaboração entre os ministérios da Cultura italiano e alemão.
Conhecido pelas suas controversas profecias, Michel de Nôtre-Dame, mais conhecido como Nostradamus, morreu há cerca de 520 anos e há quem lhe atribua a previsão de acontecimentos como a chegada de Hitler ao poder, a queda das Torres Gémeas e, até, a guerra na Ucrânia.
No entanto, quando no início deste ano, se olharam paras as previsões de 2022, ninguém viu nas páginas do também filósofo e matemático, a invasão da Ucrânia pela Rússia.