A Ferrari anunciou os resultados dos primeiros três meses de 2022 e a coisa corre bem para os lados de Maranello. Durante o trimestre, foram enviados para os clientes 3251 veículos, mais 480 modelos (cerca de 17,3%) do que os que foram vendidos no período homólogo de 2021 (2771 unidades). Estes resultados revelam que nem mesmo as crises provocadas pela pandemia, falta de chips e dificuldades com os fornecedores conseguem desacelerar a casa do Cavallino Rampante.

O incremento das vendas arrastou a evolução na facturação, que cresceu em sintonia, uma vez que a Ferrari encaixou 1,186 mil milhões de euros, um valor que ultrapassa o obtido nos mesmos três meses de 2021 em 17,3%. O lucro EBIT foi de 307 milhões de euros, mais 15,4% do que em 2021.

Primeira foto oficial do SUV da Ferrari que chega em 2022

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Se os valores relativos à facturação e ao lucro impressionam, para uma marca que transacciona apenas cerca de 3200 veículos por trimestre, a explicação para este desempenho surge quando vemos que a Ferrari trabalha com margens de lucro EBIT de 25,9%, o que fará a generalidade dos construtores tradicionais corar de inveja.

SP48 Unica. Este Ferrari é tão à frente que atrás não tem janela

Além do lucro que retira da gama tradicional, o construtor italiano amplia os ganhos com as diversas séries especiais e, sobretudo, com as execuções especiais, em que clientes pagam 10 vezes mais por um modelo com retoques estéticos, mais ou menos profundos, mas essencialmente com a mesma mecânica e chassi. E os próximos anos prometem ser ainda melhores do ponto de vista da rentabilidade, uma vez que a Ferrari irá introduzir no mercado, ainda em 2022, o Purosangue, o seu primeiro SUV que, simultaneamente, será também o seu primeiro modelo com características familiares, espaçoso e com quatro portas. Deverá rapidamente passar a ser o mais vendido do construtor.