À boleia da guerra na Ucrânia, a taxa de inflação no Reino Unido acelerou em abril para 9%, um máximo de 40 anos, segundo a Sky News, que avança dados do Gabinete de Estatísticas Nacionais. O aumento foi generalizado aos preços dos bens e de serviços essenciais. Em março, o indicador tinha subido para 7%.

Este aumento de abril foi ainda influenciado pela subida, decidida pelo regulador de energia do país, do limite máximo dos preços dos produtos energéticos em 54%, que entrou em vigor no início do mês. O regulador não rejeita novas revisões do limite máximo.

O economista chefe do ONS, Grant Fitzner, disse que “a inflação subiu acentuadamente em abril, impulsionada por aumentos acentuados dos preços da eletricidade e do gás, desde que o preço máximo mais elevado começou a ser aplicado”.

Este novo limite máximo, que limita o preço máximo por unidade que os fornecedores podem cobrar aos consumidores, entrou em vigor em abril, causando aumentos médios anuais dos preços domésticos de gás e eletricidade de cerca de 2.000 euros.

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Depois da divulgação do novo número da inflação, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, disse aos meios de comunicação social locais que, embora o governo não possa “proteger completamente” os cidadãos dos problemas globais que contribuíram para a taxa de 9%, está “a prestar um apoio significativo” e “pronto a tomar novas medidas”.

Para conter a inflação crescente, o Banco de Inglaterra aumentou recentemente as taxas de juro no Reino Unido de 0,75% para 1%, o nível mais elevado em 13 anos.

Em Portugal, a inflação escalou para 7,2% em abril, depois de 5,3% em março.