“Tentar matar o líder de um país é uma fraqueza. Se não se consegue falar, então isso é uma fraqueza.” O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nunca tinha sido tão claro sobre uma possível tentativa de assassinato decretada por parte do seu homólogo russo, Vladimir Putin. E foi mais longe: “Quando se quer que aconteça alguma coisa à família de um líder de um país, então isso é uma inabilidade política”.
Numa entrevista à Newsmax, o chefe de Estado ucraniano indicou que também é uma “fraqueza” começar “uma guerra”, principalmente quando não se consegue “ocupar” o país que foi atacado. Acusando Vladimir Putin de cometer “atrocidades”, Volodymyr Zelensky sublinhou que todas as pessoas entendem o motivo pelo qual continua a defender seu país.
Em contrapartida, o Presidente russo está cada vez mais “isolado”, afirmou Volodymyr Zelensky, ressalvando que, contudo, o “mundo continua a dar-lhe oportunidades”. “As sanções não são impostas completamente”, explicou, acrescentando que há líderes que acreditam que a face de Vladimir Putin deve ser salva.
Caracterizando a Ucrânia como o “perímetro defensivo” da Europa, Volodymyr Zelensky afirmou que esta “barreira física” é “feita de pessoas”: “Não é algo natural”. Apelando a que o mundo reconheça a Rússia como um “força negra”, o Presidente ucraniano avisou que Vladimir Putin não parará na Ucrânia.
“Outros países, as antigas repúblicas da União Soviética e membros da União Europeia — alguns deles são já Estados-membros da NATO — estão já sob ameaça”, alertou o Presidente ucraniano.
Sobre a frente de guerra, Volodymyr Zelensky reconheceu que a “situação mais difícil” é no leste da Ucrânia e no sul de Donetsk e Lugansk: “Estamos a perder entre 60 a 100 soldados por dia e cerca de 500 pessoas feridas”.