O governo norte-americano decidiu aplicar sanções à empresa Imperial Yachts, sediada no Mónaco, e ao seu dono, o russo Evgeniy Kochman. Em causa está o facto de Washington considerar que a Imperial Yachts tem permitido a Vladimir Putin e à elite do Kremlin “mover dinheiro e gozar de bens de luxo de forma anónima, em todo o globo”.
A informação foi confirmada pelo Departamento do Tesouro em comunicado publicado esta quinta-feira, citado pelo The New York Times. O executivo norte-americano identificou mesmo quatro iates em particular que diz serem “os preferidos de Putin”: Nega, Graceful, Olympia e Shellest.
As ligações de Kochman e da Imperial Yachts ao Kremlin foram denunciadas por uma investigação do Times publicada esta quarta-feira. O jornal fala num “complexo oligarco-industrial” que envolve empresas de todo o mundo, como estaleiros alemães, designers franceses, carpinteiros italianos e marinas espanholas.
Para além de Kochman, o Departamento do Tesouro norte-americano decidiu ainda sancionar alguns responsáveis do governo russo, como a polémica porta-voz Maria Zakharova, e também milionários russos como Alexei Mordashov. Outra figura de destaque alvo da sanções é Sergei Roldugin, violencelista e amigo próximo de Putin. Em 2016, os Panama Papers identificaram Roldugin como possível testa-de-ferro de Putin; agora, o Departamento de Estado norte-americano diz que este homem é um “guardião da fortuna do Presidente Putin”.
Há 71 empresas que também serão sancionadas, com o objetivo de tentar impedir que a Rússia consiga importar tecnologia militar.