O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou, esta quarta-feira, que a invasão ao Capitólio norte-americano, em 06 de janeiro de 2021, foi “um dos maiores movimentos da história” norte-americana.

“Seis de janeiro não foi apenas um protesto, foi um dos maiores movimentos da história do nosso país para tornar a América grandiosa novamente”, disse o antigo chefe de Estado, numa alusão ao seu ‘slogan’ nas eleições de 2016, “Tornar a América Grandiosa Novamente”.

“Tratava-se de uma eleição fraudulenta e roubada”, garantiu Trump na sua rede social, TruthSocial, reiterando novamente de forma infundamentada uma tese desmentida pelas autoridades.

Após quase um ano de investigação do assalto ao Capitólio, a comissão de investigação apresenta as suas primeiras conclusões às 20h00 locais (01h00, hora de Lisboa).

A comissão prometeu revelar como o caos daquele dia “foi resultado de uma campanha coordenada para negar o resultado das eleições presidenciais de 2020 e impedir a transferência do poder de Donald Trump para Joe Biden”.

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Mas, para Donald Trump, esta comissão “não considerou nem por um minuto por que as multidões vieram a Washington em grande número”, em 06 de janeiro de 2021.

Naquele dia, milhares de apoiantes do ex-Presidente republicano reuniram-se em Washington num comício para denunciar o resultado da eleição de 2020, de que Trump saiu derrotado.

As imagens de uma multidão invadindo a sede do Congresso dos Estados Unidos chocaram o mundo.

Por muitos meses, a chamada ‘Comissão 06 de janeiro’ — sete democratas e dois republicanos — ouviu mais de 1.000 testemunhas, incluindo dois filhos do ex-Presidente e analisou 140.000 documentos para esclarecer a responsabilidade exata de Donald Trump no evento que abalou a democracia norte-americana.

Os apoiantes da comissão consideram o seu trabalho essencial para garantir que um dos episódios mais sombrios da história dos Estados Unidos nunca se repita.

No entanto, a maioria dos republicanos denuncia o trabalho do grupo de congressistas eleitos da comissão e que Trump é alvo de uma “caça às bruxas”.