A Rússia disse esta terça-feira estar a investigar alegadas torturas infligidas a soldados russos capturados pelas forças ucranianas e agora libertados numa troca de prisioneiros com a Ucrânia.
“O Comité de Investigação russo está a investigar o tratamento desumano dos soldados russos capturados pela Ucrânia”, afirmou o poderoso órgão de investigação criminal russo num comunicado.
A Rússia e a Ucrânia já trocaram entre si vários prisioneiros de guerra desde o início da ofensiva russa contra o país vizinho a 24 de fevereiro.
Prisioneiros de guerra. As trocas, os vídeos e a (possível) violação das regras internacionais
A última troca foi a 29 de junho e envolveu 144 soldados ucranianos e russos.
Ucrânia recupera 144 soldados, 43 dos quais pertencentes ao batalhão Azov
Alguns dos russos libertados relataram terem sofrido “numerosos atos de violência” durante a sua detenção, de acordo com o comunicado, referindo espancamentos, tortura com eletricidade ou privação de água ou comida.
Na semana passada, a Rússia afirmou que tinha ainda mais de 6000 prisioneiros de guerra ucranianos.
A Ucrânia acusa Moscovo de inúmeros crimes de guerra, negados sistematicamente pela Rússia, mesmo quando as acusações são documentadas.
Já o lado russo acusa as forças ucranianas de abusos e de encenar os crimes atribuídos ao exército da Rússia.