Na última semana de junho terão chegado à Ucrânia pelo menos quatro das oito Himars — os mísseis de longo alcance M142– prometidas pelos Estados Unidos da América.

Himars, os mísseis de maior alcance que os EUA vão enviar para a Ucrânia

Na segunda-feira, o Ministério da Defesa ucraniano divulgou imagens do que pareciam ser lança-mísseis a disparar de uma autoestrada algures na região de Zaporizhzhya. Apesar de não existirem confirmações do local de onde partiam, a cidade de Melitopol, ocupada pelas tropas russas, acabou por ser “neutralizada” pelas tropas ucranianas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Exército ucraniano ataca base militar russa na cidade de Melitopol

Desde o início da invasão que se sabe que a Ucrânia não consegue igualar a Rússia no que toca ao armamento mesmo com a ajuda do ocidente e, por isso, tentam atacar as reservas de munições na tentativa de enfraquecer o inimigo.

“Esta é uma maneira sólida que deve funcionar enquanto os russos não estiverem a usar munições guiadas de precisão, porque pela forma como estão a usar artilharia não podem deixar de ter depósitos de munições” diz um investigador russo ao The Telegraph.

O antigo ministro da Defesa da Ucrânia, Andriy Zagorodnyuk, que esteve envolvido nas conversações sobre a aquisição de armas ao Ocidente, revela que os Himars são “um excelente equipamento”. No entanto, questionado sobre se oito deste sistema de mísseis M142, que têm um alcance de até 500 quilómetros de distância, seriam suficientes diz: “A resposta curta é não, não é absolutamente suficiente. Precisamos de dezenas deles“.

Kiev recebeu uma grande quantidade de armamento ocidental mas parece não bastar. As entregas recentes incluem howitzers M777 e mísseis Himars dos EUA, howitzers de César 155 mm da França, múltiplos sistemas de lançamento de mísseis M270 do Reino Unido, e veículos blindados Bushmaster da Austrália.