O aumento da violência na cidade fez soar alarmes e Carlos Moedas convocou uma reunião de urgência do Conselho Municipal de Segurança de Lisboa. Moedas já disse ao Governo que está disponível para “criar esquadras móveis” com os recursos da Polícia Municipal, mas precisa de efetivo da Polícia de Segurança Pública: “Se deixarmos de ser uma cidade segura não há volta atrás”.

“É um dia de preocupação para a cidade, temos que defender não só os turistas, mas também os lisboetas”. A morte de mais uma pessoa após agressões na noite da cidade lisboeta, que foi conhecida este domingo, precipitou uma chamada de Carlos Moedas ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, com o objetivo de mostrar disponibilidade da autarquia para criar “esquadras móveis”.

“Dizer ao Governo que a autarquia dá os meios, por exemplo da Polícia Municipal — carros ou infraestruturas, por exemplo — para ajudar a PSP. O Governo sabe que tem toda a minha colaboração, estou disposto a dar essa ajuda, a criar uma parceria”, explicava o presidente da Câmara, à saída da reunião com os representantes da PSP em Lisboa e da Polícia Municipal.

“A visibilidade é muito importante na segurança. Não podemos perder o principal ativo que uma cidade tem: a segurança. Quero ver mais polícia na rua, mas para isso preciso da ajuda do Governo”, disse Moedas apontando as zonas do Cais do Sodré, Bairro Alto ou Santos como exemplos de pontos na cidade onde é essencial reforçar a presença das autoridades no período noturno.

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Ciente que o problema do número de efetivos se estende à Polícia de Segurança Pública, Carlos Moedas diz que herdou um efetivo de 450 polícias na Polícia Municipal, quando o número ótimo devia estar bem mais acima, nos 600.

“O país precisa que o efetivo da PSP aumente. É preciso dar melhores condições, melhores pagamentos”, pede o autarca que fala em “muitos casos de violência”.

Ao contrário do que acontece noutras capitais europeias, Carlos Moedas notou que “até o trabalho burocrático é feito pelos polícias, o que não acontece noutros países onde são civis a desempenhar essas tarefas”. Considerando que há muito para ser “repensado” na gestão dos recursos policiais, Carlos Moedas frisou que a autarquia será “parte da solução” e que “colocará todos os meios à disposição” do Governo.