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A Ucrânia continua a investigação ao ataque à prisão de Olenivka, no qual morreram 53 prisioneiros de guerra ucranianos. O departamento dos serviços secretos do Ministério da Defesa denunciou esta quarta-feira que as forças russas não tinham qualquer intenção de libertar ou trocar os detidos.
Numa publicação do Telegram, o departamento indica que os militantes instalados pela Rússia na região e os mercenários do Grupo Wagner torturaram os prisioneiros ucranianos durante interrogatórios regulares..
Tortura física e agressões eram utilizadas ativamente durante os interrogatórios. Estas medidas eram usadas não para obter informações confidenciais, mas para humilhar e desmoralizar”, revela.
Segundo a investigação, o ataque serviu para encobrir as evidências de tortura aos soldados ucranianos. Adiantam também que a detonação do edifício terá sido provocada pelo Grupo Wagner, que utilizou uma substância altamente inflamável que causou uma rápida propagação do fogo no estabelecimento prisional.
O Grupo Wagner é uma milícia privada que tem sido ligada ao Kremlin, sendo por vezes apelidada de “exército privado” de Putin. Os combatentes tem estado envolvidos na operação da invasão russa da Ucrânia, bem como em outros conflitos na África e no Oriente Médio.
Grupo Wagner. Os homens de guerra do Kremlin para apanhar Zelensky
No fim do mês de julho foi noticiado que morreram 53 prisioneiros de guerra ucranianos e que pelo menos 75 ficaram feridos na prisão de Olenivka, na região de Donetsk. A Rússia e a Ucrânia acusaram-se mutuamente do ataque ao estabelecimento prisional, onde estavam detidos dezenas de ucranianos capturados após a queda de Mariupol, em maio, incluindo membros do batalhão Azov. Ambos os países lançaram investigações para apurar responsabilidades do caso.