Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

O secretário-geral da ONU apelidou esta segunda-feira qualquer ataque a centrais nucleares como “suicida” e pediu a suspensão das operações militares junto de Zaporijia e a abertura da central ucraniana à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).

Exército russo diz ter destruído 45 mil toneladas de armamento ucraniano enviado pela NATO

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Numa conferência de imprensa em Tóquio, António Guterres sublinhou que “qualquer ataque a centrais nucleares é algo suicida”.

Espero que esses ataques acabem. Ao mesmo tempo, espero que a AIEA consiga aceder à central” de Zaporijia, acrescentou.

As autoridades ucranianas acusaram, na sexta-feira, as forças russas de realizar três ataques perto de um reator de Zaporijia, embora Moscovo controle este território desde o início da ofensiva.

Por sua vez, o exército russo afirmou que as forças ucranianas estão na origem desses ataques, que provocaram um incêndio que foi extinto.

Um dos reatores da central nuclear foi fechado, anunciou a empresa de energia atómica ucraniana no sábado, após os ataques.

Kiev garante que o exército russo armazena armas pesadas e munições no interior do complexo nuclear.

A AIEA considerou, no sábado, “cada vez mais alarmantes” as informações sobre a central de Zaporijia.

Central nuclear de Zaporíjia não explodiu “por milagre”. Há um risco alto de “fuga de hidrogénio e pulverização radioativa”

Também no sábado, Guterres tinha dito em Hiroshima que a humanidade está “a brincar com uma arma carregada” nas atuais crises nucleares, num discurso no 77.º aniversário do bombardeamento atómico dos EUA no Japão.

Esta segunda-feira, Guterres referiu-se ainda à tensão em torno de Taiwan, onde o exército chinês acaba de realizar exercícios militares, considerando que era “uma questão sensível” e pedindo “contenção” e “redução da escalada”.

É extremamente importante nos próximos dias”, disse o líder da ONU.

A China lançou as manobras depois de uma visita na semana passada à ilha da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

Pequim considera Taiwan — uma ilha autónoma de 23 milhões de pessoas — como parte integrante do seu território.