789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Encontrou a cozinha cheia de moscas-da-fruta?

Este artigo tem mais de 1 ano

Se tem frutas ou legumes na cozinha isso é apenas normal. O calor que se fez sentir desde a primavera também podem contribuir para a perceção de que este ano tenha tido mais insetos destes pela casa.

MOUCHE DU VINAIGRE, Drosophila melanogaster
i

Com o calor, os ovos e larvas das moscas-da-fruta desenvolvem-se mais rapidamente. Aqui, a 'Drosophila melanogaster'

Gamma-Rapho via Getty Images

Com o calor, os ovos e larvas das moscas-da-fruta desenvolvem-se mais rapidamente. Aqui, a 'Drosophila melanogaster'

Gamma-Rapho via Getty Images

Chamamos-lhe genericamente moscas-da-fruta, mas existem várias espécies e algumas até preferem os legumes — aliás, muitas vezes são estes a origem da pequena infestação em sua casa (mas já lá vamos).

A investigadora da Universidade de Lisboa (UL) dedicada a estes insetos, Margarida Matos, diz que não há razão para nos preocuparmos: nem com os ovos ou larvas que inadvertidamente engolimos, nem com os próprios adultos. Exceção feita para a espécie “de asa manchada”, Drosophila suzukii, que ataca os frutos saudáveis e se tornou uma praga nos pomares, com prejuízos reais para a produção agrícola.

Já as espécies que nos vão aparecendo em casa — umas mais nas estações amenas (primavera e outono), outras com o calor do verão e outra até no inverno — não nos estragam a fruta, não se preocupe. Se as vê na fruteira é porque os frutos já estavam demasiado maduros ou amassados e os pequenos insetos só estão a aproveitar uma boa refeição.

Na verdade, explica Margarida Matos, muitas vezes, as moscas-de-fruta que tentamos enxotar em casa vieram com as batatas e as cebolas. As frutas ficam menos tempo nas cestas antes de serem ingeridas ou vão para o lixo assim que damos conta de que estão podres — e assim se resolve o problema. Já as batatas e cebolas, por vezes, ficam estragadas “a partir de dentro” e passam muito mais tempo num qualquer canto escondido da cozinha — o que dá mais tempo para as larvas se desenvolverem e para os adultos irem à procura de alimento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mosca da fruta em cima de um bago de uva

Uma 'Drosophila suzukii' em cima de uma bago de uva, umas das culturas ameaçadas por esta espécie

Fredrik von Erichsen/picture alliance via Getty Image

A investigadora da Faculdade de Ciências da UL não sabe se houve mais moscas-da-fruta este ano ou não — teria de ter feito essas medições em experiências de campo (o que não aconteceu) —, mas encontra algumas explicações para a perceção de que possa ter tido mais destes insetos a voar pela casa do que de costume.

Para começar, a primavera foi mais quente do que o normal, o que pode ter motivado o aparecimento precoce das espécies de verão, diz Margarida Matos, com a ressalva de que só um trabalho de campo o poderia ter confirmado. E, mesmo com o fim do verão e o início do outono, as temperaturas mantém-se altas.

Além disso, com temperaturas altas o tempo de geração é mais curto, o que quer dizer que mais depressa podemos ficar com a casa cheia destes pequenos voadores. Mais, com o calor, a fruta apodrece facilmente e o alimento para as moscas-da-fruta fica disponível.

Contrariando esta ideia de replicação exagerada, Margarida Matos lembra que as temperaturas atingidas durante as vagas de calor são excessivas até para as moscas-da-fruta do verão, como a Drosophila melanogaster, que podem muito bem ter tido uma diminuição nessa altura (mais uma vez, a investigadora alerta que não tem dados quantitativos).

Posto isto, os únicos conselhos que lhe podemos dar fazem parte do senso comum: coma primeiro as frutas e legumes mais antigos e não deixe as frutas a envelhecer na fruteira ou quem as vai comer são as moscas-da-fruta.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora