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A agência de inteligência norte-americana (CIA) avisou há várias semanas a Alemanha da possibilidade de um ataque aos gasodutos no Mar Báltico. A notícia foi divulgada pelo jornal alemão Der Spiegel no mesmo dia em que foram detetadas pelo menos três fugas de gás em três tubos dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 em pleno Mar Báltico.

Gasodutos. O que aconteceu foram fugas ou sabotagem? Se é um aviso de Putin, o que poderá a Rússia ganhar com isto?

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O governo alemão terá recebido um alerta da CIA durante o verão, avança o Der Spiegel, citando fontes anónimas. Adianta que Berlim assumiu que se tratou de um ataque direcionado aos gasodutos.

Os dois gasodutos partem da Rússia, transportando gás para a Europa. Apesar do fluxo para os países europeus ter sido interrompido, os tubos continuam a conter gás. Uma das fugas aconteceu na zona económica da Dinamarca, que faz parte do percurso do Nord Stream, e as outras duas foram detetadas na zona económica da Suécia. Imagens entretanto divulgadas mostram a mancha provocada no Mar Báltico.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não exclui a hipótese de uma sabotagem. Já o conselheiro do Presidente da Ucrânia, Mikhaylo Podolyak, considera que se tratou de um “ataque terrorista” provocado por Moscovo.

A Dinamarca vê a fuga de gás no Mar Báltico como uma “ação deliberada”, disse a primeira-ministra, Metter Frederiksen, durante uma conferência de imprensa. Questionada sobre se o caso era considerado um ataque ou uma declaração de guerra ao país, Frederiksen respondeu que não, uma vez que ocorreu em águas internacionais.

O gabinete do ministro de energia dinamarquês confirmou à CNN que as fugas não foram provocadas por um acidente, mas pelas explosões. Adiantou que os danos nos tubos são a cerca de 70 e 80 metros de profundidade e é esperado que a fuga de gás dure pelo menos uma semana.

A Suécia assumiu uma postura semelhante à Dinamarca, considerando que se tratou de uma ação “deliberada”, provavelmente sabotagem. No entanto também não olham para o caso como um ataque contra o país.

As causas das fugas de gás já estão a ser investigadas pelas autoridades alemãs, dinamarquesas e suecas.