Siga aqui o nosso liveblog da guerra na Ucrânia

O Presidente da Ucrânia revelou que as Forças Armadas conseguiram recuperar mais de 500 quilómetros quadrados de território na região de Kherson em seis dias.

Desde 1 de outubro, dezenas de localidades “foram libertadas dos referendos falsos russos e estabilizadas”, afirmou Volodymyr Zelensky no habitual discurso. Apesar de contido nos detalhes, o líder ucraniano referiu ainda que que foram registados “sucessos” no leste do país, mostrou-se ainda confiante de que será possível recuperar a região de Zaporíjia e a península da Crimeia, anexada em 2014.

Na semana passada, o Presidente russo anunciou a anexação de quatro regiões ucranianas: Kherson, Zaporíjia, Lugansk e Donetsk. Contudo, a contraofensiva ucraniana vai prosseguindo com a conquista de territórios no leste e sul do país.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Avanço de 30 km em Kherson e “vitória significativa” no Donbass. Como foram as últimas vitórias da contraofensiva ucraniana

O chefe de Estado ucraniano também lembrou a situação na central nuclear de Zaporíjia e classificou com “inútil” e “estúpida” a tentativa russa de declarar a mesma como uma propriedade da Federação Russa.

“Qualquer decisão do atual líder russo sobre a central nuclear de Zaporíjia e qualquer tentativa da Rússia de reconhecer o complexo como sua propriedade é inútil e, falando francamente, estúpida”, afirmou Zelensky no habitual discurso. As declarações surgem depois de na quarta-feira o homólogo russo, Vladimir Putin, ter assinado um decreto que dá ordem ao governo para tomar o controlo da central nuclear de Zaporíjia, situada na região, com o mesmo nome, recentemente anexada pela Rússia.

É uma central nuclear. Não é um qualquer palácio, a [petrolífera] Yukos ou qualquer outra coisa que a liderança russa já conseguiu roubar”, afirmou.

O líder ucraniano recebeu esta quinta-feira em Kiev o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que sublinhou que a central nuclear pertence à Ucrânia. Para Zelensky, apenas os especialistas ucranianos conseguem garantir que não haverá acidentes radioativos no complexo de Zaporíjia. “Há agora cerca de 500 ocupantes russos na estação. Não são mais do que 500 riscos de desastre”.