Um eventual ataque nuclear à Ucrânia não levaria a uma guerra nuclear, só uma resposta militar forte, afirmou esta quinta-feira o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrel.

A declaração foi feita em Bruges, onde o diplomata espanhol está esta quinta-feira para inaugurar a Academia Diplomática Europeia, uma cerimónia transmitida no site da Comissão Europeia.

Borrell asseverou que não haveria, necessariamente, uma resposta nuclear mas, sim, uma resposta militar “poderosa” que “aniquilaria o exército russo”.

Putin não se pode dar ao luxo de fazer bluff. Tem de ficar claro que aqueles de nós que apoiam a Ucrânia também não estão a fazer bluff. E um ataque nuclear à Ucrânia provocaria uma resposta não sob a forma de ataque nuclear mas uma resposta militar tão poderosa que o exército russo seria aniquilado”, garantiu.

Borrel expressou ainda preocupação por ter havido países que se abstiveram ou votaram contra a condenação pelas Nações Unidas das anexações russas de território ucraniano, entre os quais a China, a África do Sul e a Índia.

“Cerca de 20% da comunidade gloval decidiu não votar pela condenação das anexações russas. Para mim, são demasiados“, defendeu. Admitindo que muitas vezes a diplomacia não se baseia em valores, mas sim em interesses económicos e políticos, Borrel acrescentou que “é necessário continuar a trabalhar para fazer o mundo rejeitar esta guerra com mais clareza”.

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