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Os ataques russos no início desta semana contra alvos civis em Kiev, Jitomir e em outras cidades ucranianas, levaram Joe Biden a prometer que os EUA forneceriam mais material militar à Ucrânia.
A Casa Branca explicou que o Presidente norte-americano disse que iria continuar a “fornecer à Ucrânia o apoio necessário para se defender, incluindo sistemas avançados de defesa antiaérea”. Horas depois, de acordo com a Reuters, foi a vez de John Kirby explicar que os EUA estavam a acelerar o envio de NASAMS para a Ucrânia.
Achamos que estamos no caminho certo para levar os dois primeiros [NASAMS] para lá [para a Ucrânia] num futuro muito próximo”, garantiu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Os sistemas de defesa antiaérea NASAMS (Norwegian Advanced Surface-to-Air Missile System ou National Advanced Surface-to-Air Missile System) são muito aguardados por Zelensky, uma vez que são um dos sistemas mais avançados do mundo e conseguem criar uma cúpula com um raio de 50 quilómetros.
O jornal El Español descreve os NASAMS como um dos mais poderosos escudos antiaéreos de médio alcance que existem atualmente. Ainda assim, não é conhecido o modelo exato desses sistemas que será enviado para a Ucrânia.
Desenvolvidos pela empresa norueguesa Kongsberg e a americana Raytheon, os NASAMS começaram a operar em 1998. Ao longo dos anos foram sendo aprimorados e atualizados graças às novas tecnologias. Em 2019, por exemplo, o raio de operação e a altitude de voo destes escudos de defesa antiaérea foram expandidos.
Qual é o objetivo dos NASAMS?
Drones, helicópteros, caças ou até mísseis de cruzeiro: abater qualquer ameaça que esteja dentro do seu raio de ação é o grande objetivo destes sistemas de defesa antiaérea. Os NASAMS têm um posto de comando, sensores, um sistema de radar e munições que podem ser disparadas, por exemplo, da parte de trás de uma carrinha.
O modelo lançado em 2019 inclui compatibilidade com os sistemas de defesa antiaérea Iris-T SL que a Alemanha vai enviar para a Ucrânia. Esta versão mais moderna dos NASAMS tem um radar que consegue rastrear mais de 60 alvos diferentes ao mesmo tempo e tem um raio de deteção de ameaças de 120 quilómetros (que pode variar com o clima ou a altitude do alvo). Por sua vez, o raio de ação depende da munição intercetora que é utilizada.
O plano dos EUA é enviar um total de oito NASAMS para a Ucrânia — com dois a serem entregues nas próximas semanas e seis posteriormente. Os prazos de entrega concretos destes sistemas de defesa antiaérea não são conhecidos.
O desempenho e a capacidade destes “escudos” para repelir ataques são tais que, segundo o The Washington Post, os EUA confiam neles para proteger as suas infraestruturas mais críticas, como a Casa Branca. Para além dos Estados Unidos, Espanha, Austrália, Lituânia e Holanda são outros países que detém NASAMS.