O BCP decidiu atribuir um pagamento pontual extraordinário de 500 euros a todos os colaboradores sem viatura atribuída, que será processado com o salário de dezembro, segundo uma mensagem interna, a que a Lusa teve acesso.

Na mensagem, assinada pelo presidente da Comissão Executiva da instituição, Miguel Maya, é explicado aos colaboradores que “tendo presente a elevada inflação que tem vindo a ser registada em 2022 e o resultante impacto no rendimento disponível dos trabalhadores do BCP, muitos dos quais tiveram a sua evolução salarial condicionada na última década pelas medidas de ajustamento e transformação imprescindíveis ao sucesso da recuperação que o banco tem vindo a evidenciar” a Comissão Executiva aprovou, apesar da “reduzida rendibilidade (ROE de apenas 2,5%) que o banco ainda apresenta, um conjunto de medidas que visam contribuir para mitigar o impacto da atual conjuntura inflacionista no respetivo rendimento”.

Assim, foi aprovada a “atribuição de um pagamento pontual extraordinário de 500 euros a todos os colaboradores sem viatura atribuída”, sendo que “este pagamento será efetuado em simultâneo com o processamento salarial do mês de dezembro de 2022”.

A gestão aprovou ainda a “possibilidade de receber a totalidade do subsídio de Natal de 2023 em duodécimos, a partir de janeiro de 2023” e de “fixação por um ano da prestação do crédito habitação concedido ao abrigo das condições do Acordo Coletivo de Trabalho”.

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Segundo a mesma mensagem, “a fixação da prestação terá como base a prestação paga em junho de 2022, sendo que o prazo total do empréstimo será acrescido de um ano”.

O banco recordou ainda que “disponibiliza uma oferta de autocarros gratuitos para/do Taguspark”, informando que “a partir de 2 de novembro [esta quarta-feira] a oferta de percursos será aumentada com a disponibilização da Rota H – Cacém-Taguspark-Cacém”. De acordo com o BCP “está também a ser ultimada a disponibilização de uma plataforma que permitirá aos colaboradores Millennium agilizar o car pooling“.

Miguel Maya reconheceu que “estas medidas, sendo as possíveis no atual contexto do banco, não permitem compensar totalmente os impactos resultantes de uma inflação exacerbada como a que se está a fazer sentir”, mas realçou que se não houver uma atuação “prudente e sustentável” não serão criadas as condições para atingir o sucesso “na afirmação do banco e na geração de rendibilidade necessária para assegurar a prosperidade do banco e dos trabalhadores”.