A nova temporada da série “The Crown” só estreia esta quarta-feira, mas são muitos os temas abordados nos novos episódios que têm dado que falar ao longo das últimas semanas. Um deles é a insinuação de que a relação entre o príncipe Filipe e Penny Knatchbull era mais do que uma amizade próxima. A rainha Isabel II percebia que o marido era obrigado a “andar na corda bamba” enquanto seu consorte e “dava-lhe alguma folga, o que quer que isso queira dizer, em relação ao seu comportamento com mulheres”, afirma Tessa Dunlop, historiadora e autora de um novo livro sobre o casal real.
A escritora esteve no programa Mail Plus’ Palace Confidential, onde comentou este tema que está a causar polémica na 5ª temporada da série da Netflix, que continua a retratar a vida da família real britânica e tem estreia marcada na Netflix para esta quarta-feira.
“A inferência é que ele não era sexualmente fiel – é o que as pessoas inferiram”, explica a autora do livro. “Mas, quer ele tenha sido ou não, a Rainha e ele tinham claramente um casamento duradouro e com amor e uma parceria na qual ela se apoiava e ele se apoiava. Ambos dependiam um do outro”, conclui Dunlop.
“The Crown”. Nova temporada vai abordar rumores de caso entre Filipe e a socialite Penny Knatchbull
Isabel II e o duque de Edimburgo estiveram casados 73 anos. “A rainha compreendia a necessidade que Filipe tinha de liberdade. Ela estava a pedir muito de um macho alfa para andar atrás dela e apoiá-la. Para renunciar ao seu nome. Para abrir mão de sua casa.”
Tessa Dunlop é autora do livro “Elizabeth and Philip: A Story of Young Love, Marriage and Monarchy”, com lançamento previsto para o próximo dia 10 de novembro no Reino Unido. Enquanto historiadora explica também que, para os casais aristocráticos de alto perfil do início do século XX, “a monogamia não tinha o elevado valor que tem no mundo de hoje, ou desde o pós-guerra, para um casamento”.
Esta é mais uma novidade literária sobre a temática da família real britânica, entre tantas que têm sido lançadas durante este ano ou têm lançamento para breve, como por exemplo, o livro de memórias de Harry, “Spare”, que será lançado a 10 de janeiro. Por cá, José Bouza Serrano lançou “A Viúva de Windsor”. O correspondente real do jornal britânico The Times, Valentine Low, lançou o livro “Courtiers: The Hidden Power Behind the Crown” já este outono. No final deste mês de setembro foi lançada uma biografia da nova Rainha Consorte: “Camilla, Duchess of Cornwall. From Outcast to Future Queen Consort”, assinada por Angela Levin.
“The Crown”. À quinta temporada, o que aconteceu ao encanto desta história da vida Real?
Em julho, Omid Scobie, o jornalista amigo dos duques de Sussex e co-autor do livro “Finding Freedom”, anunciou que está a preparar uma sequela. Será escrito a solo e lançado no próximo ano. Ainda não tem título e não se sabe se este livro contará com a aprovação dos Sussex. No início do passado mês de julho foi lançado o livro “Revenge: Meghan, Harry e a Guerra entre os Windsors”, de Tom Bower, no qual o autor expõe e relembra episódios marcantes daquilo que chama de “guerra” entre os duques e a monarquia. Para trás (em abril), mas ainda este ano, está o livro “The Palace Papers: Inside the House of Windsor – the Truth and the Turmoil”, de Tina Brown, que passa em revista os mais recentes 25 anos da família real, desde a morte da princesa Diana.