Elizabeth Holmes, uma antiga estrela de Silicon Valley que prometeu revolucionar os testes de sangue com a sua start-up Theranos, foi condenada a 135 meses de prisão – pouco mais de 11 anos – por fraude. Segundo o New York Times, Holmes pretende recorrer da sentença aplicada pelo juiz Edward J. Davila, num tribunal no norte da California – está previsto que se apresente na prisão em 27 de abril de 2023.

Os advogados de Holmes tinham pedido uma pena que não excedesse os 18 meses de prisão domiciliária, enquanto os procuradores pediam 15 anos de cadeia e uma indemnização de 804 milhões de dólares (cerca de 775 milhões de euros), para serem distribuídos por 29 investidores. Na sentença, o juiz Davila determinou que o cálculo adequado para as perdas dos investidores era de 121 milhões de dólares (cerca de 116 milhões de euros), que seriam devidos a 10 investidores.

Elizabeth Holmes, a bilionária “self made” de Silicon Valley que iludiu milhões e caiu em desgraça

Elizabeth Holmes fundou a Theranos em 2003, com a idade de 19 anos, prometendo ferramentas de diagnóstico mais rápidas e mais baratas do que os laboratórios tradicionais. Na tese da acusação, Holmes teria conquistado a confiança dos investidores, para depois os convencer a investir numa empresa que chegou a ser avaliada em mais de 10 mil milhões de dólares (cerca de 9,6 mil milhões de euros).

Desde que o caso de fraude da Theranos foi exposta, em 2015, a história de Holmes foi aproveitada em numerosos conteúdos mediáticos, incluindo séries televisivas, documentários e podcasts.

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