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O Presidente ucraniano agradeceu esta quarta-feira ao Parlamento Europeu por declarar a Rússia como um Estado promotor do terrorismo. A decisão, porém, não impediu as forças russas de lançarem um ataque em larga escala dirigido, em particular, às infraestruturas energéticas e civis do país.
“O Parlamento Europeu reconheceu a Rússia como um Estado terrorista. A Rússia, como se todo o mundo não importasse, continuou os ataques com mísseis”, afirmou no habitual discurso.
Parlamento Europeu declara Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo
A Força Aérea ucraniana revelou que as tropas russas dispararam esta quarta-feira cerca de 70 mísseis, sendo que mais de 51 foram abatidos. Apesar disso, um ataque aéreo viria a atingir uma maternidade nos arredores de Zaporíjia, provocando a morte a um recém-nascido. “A Rússia usou mísseis para um novo ataque noutro hospital e matou um bebé”, denunciou Zelensky.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), registaram-se 30 vítimas, entre feridos e mortos, durante os ataques russos e milhões de pessoas ficaram sem eletricidade, acesso à agua e aquecimento, quando em algumas regiões ucranianas já começam a atingir temperaturas negativas. Zonas como Lviv, Zaporíjia, Odessa e Chernihiv ficaram completamente sem eletricidade.
Face aos novos ataques aéreos, Zelensky pediu ao embaixador ucraniano na ONU que convocasse uma reunião “urgente” do Conselho de Segurança. Num discurso através de uma videoconferência pediu uma reação forte ao “terror russo”. “Esperamos a reação de amigos, não apenas de observadores”, sublinhou.
I have instructed our Ambassador to the UN to request an urgent meeting of UNSC following today’s Russian strikes. Murder of civilians, ruining of civilian infrastructure are acts of terror. Ukraine keeps demanding a resolute response of international community to these crimes.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) November 23, 2022
“Com temperaturas abaixo de zero, vários milhões de pessoas sem abastecimento de energia, sem aquecimento e sem água, trata-se, obviamente, de um crime contra a humanidade”, acrescentou. Ao Conselho de Segurança pediu a adoção de uma resolução que condene todas as “formas de terror” contra as infraestruturas do setor de energia.