O PSOE apelou ao reeleito Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, para dialogar com a oposição e proceda a reformas políticas, após considerar que as eleições de 20 de novembro não tiveram as esperadas “garantias democráticas”.
Em comunicado, os socialistas espanhóis reagem à reeleição de Obiang com quase 95% dos votos e de o seu partido ter monopolizado os 100 lugares no Parlamento da Guiné Equatorial.
Eleições na Guiné Equatorial foram “farsa em que Obiang não corria risco de perder”
O governo espanhol, dirigido pelo líder do PSOE, Pedro Sánchez, não divulgou ainda qualquer comentário às eleições, presidenciais, parlamentares e autárquicas na Guiné Equatorial, nem saudou a vitória de Obiang – chefe de Estado há 43 anos o que o torna o mais longevo do mundo, em resultado golpe de Estado com que derrubou o seu tio, Francisco Macias Nguema.
Na nota, o PSOE manifesta que partilha o que foi expresso pela União Europeia, que na semana passada pediu às autoridades da Guiné Equatorial uma investigação “exaustiva” sobre as alegações de “abuso e irregularidades” durante as eleições e lamentou que o ambiente não tenha sido “propício para eleições democráticas, pluralistas e participativas”, além de defender a necessidade de um “diálogo plenamente inclusivo”.
Por essas razões, o partido liderado por Pedro Sánchez apelou “ao governo equato-guineense para que estabeleça um diálogo político e social que facilite a concretização” de reformas, lamentando que “as eleições não se tenham realizado nas condições esperadas de garantias democráticas”.
Por último, e com vista ao futuro, o PSOE considerou que “a Guiné Equatorial deve proceder às melhorias oportunas para melhorar a governação democrática”.
“Só assim se pode garantir o pleno exercício da pluralidade e da participação política”, conclui o comunicado.