Marcelo Rebelo de Sousa considera que foi “bem apurada a questão política” no caso da Secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, e que a “conclusão política foi bem retirada”. “Era importante apurar a questão política, não apenas a questão jurídica do que tinha acontecido. Foi retirada a conclusão política, e bem retirada”, disse o Presidente da República. Sobre a sucessão de Alexandra Reis, Marcelo diz que ainda não recebeu qualquer indicação, mas diz-se disponível para até dia 30 — quando viajará para o Brasil — fazer a nomeação.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que “o Presidente da República desconhecia, o primeiro-ministro desconhecia e os ministros desconheciam” o valor da indemnização recebida por Alexandra Reis e considerou ainda que esta é uma “lição para o futuro”.

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Sobre a sucessão de casos no Governo e respetivas demissões, Marcelo diz que “está em causa um processo de ajustamento do Governo muito acelerado” e que isso é sinónimo de “ter a noção de que é preciso ir mudando a orgânica e pessoas e que se verifica que houve vícios originais ou soluções que não provaram, num espaço de tempo muito curto”.

“Trata-se, para o futuro, de retirar a lição de que aqueles que querem assumir funções políticas num determinado momento estão crescentemente sujeitos ao escrutínio sobre a vida passada”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

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Considera o Presidente da República que é necessário “aumentar o grau de exigência”, tanto da”parte de quem pensa em aceitar um cargo” como da “opinião pública” que “olha para quem é escolhido” e ainda do ponto de vista de “quem escolhe” que, nota Marcelo, passa a ter que apurar também “o que antes não se achava relevante”.

Sobre a eventual revisão do estatuto do gestor público, Marcelo Rebelo de Sousa considera que é necessário, ainda, perceber em primeiro lugar se “se aplica em situações como esta [de Alexandra Reis] ou não”.