A maioria dos Estados-membros da União Europeia é favorável a que sejam pedidos testes de Covid-19 a todos os viajantes procedentes da China, mesmo antes de saírem do país, como resposta ao pico de infeções no gigante asiático.

Os países do bloco comunitário inclinam-se também para recomendar aos viajantes medidas de higiene pessoal, incluindo o uso de máscara nos voos com partida da China, o controlo de águas residuais dos aviões para monitorizar o eventual surgimento de novas variantes à chegada aos seus aeroportos e melhorar a sequenciação do coronavírus SARS-CoV-2, que originou a pandemia de Covid-19, entre outras medidas.

Estas são as ideias com que “concordaram” os especialistas dos Estados-membros na sua reunião desta terça-feira, 3 de janeiro, como resumiu na rede social Twitter a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, após o encontro.

As propostas vão integrar o Mecanismo Integrado de Resposta Política a Situações de Crise (IPCR), documento que servirá de base para a terceira reunião entre os Estados-membro, a realizar-se já na quarta-feira, 4 de janeiro, que pretende delinear uma solução comum na União Europeia para combater a propagação da Covid-19.

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Covid-19. UE oferece vacinas à China, mas Pequim responde com “produção suficiente” e ameaça retaliar contra países que impõem testagem

Com o aumento dos casos e alívio de restrições na China, bem como aumento de viagens internacionais, Itália, Espanha e França já começaram a impor restrições aos viajantes que chegam aos respetivos países, vindos da China, incluindo a realização de testes para detetar os casos positivos. Entretanto, a União Europeia tentou oferecer vacinas para a Covid-19 à China, mas Pequim alegou “produção suficiente”, ameaçando retaliar contra os países que impõem a testagem.