O Mercedes-AMG One é o veículo mais rápido, potente e exuberante jamais produzido pelo fabricante germânico. Concebido e fabricado em colaboração com a equipa de F1 da marca, que forneceu a mecânica, tanto o V6 a combustão como o sistema eléctrico com quatro motores, tendo ainda contribuído para o chassi e carroçaria, a Mercedes aposta neste modelo para figurar entre os mais eficientes em pista e em estrada. Daí que o hiperdesportivo tenha sido produzido em Inglaterra, nas instalações da AMG em Coventry, não muito longe de Brackley, onde a equipa de F1 está sediada. E agora, depois de mais de cinco anos de espera, eis que a primeira unidade saiu da AMG rumo ao primeiro cliente.

“Devíamos estar bêbados quando aprovámos o AMG One”, disse o CEO da Mercedes

As fotos publicadas nas redes sociais revelam o momento em que o AMG One abandona as instalações onde foi fabricado. Com a maioria da carroçaria pintada de preto, o impressionante coupé de dois lugares exibe ainda uma decoração que faz recordar a utilizada pelos F1 da casa, com inúmeras estrelas de três pontas, que parecem prateadas, a realçar a zona posterior do modelo. A chapa de matrícula alemã, onde se lê apenas “ON1”, retira qualquer dúvida em relação à denominação do carro que detém o recorde entre os veículos de série mais rápidos no circuito de Nürburgring.

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Eis, por fim, o Mercedes-AMG One. Poderá bater o Aston Martin Valkyrie?

Em vias de produzir apenas 275 unidades do AMG One, vendidas por 2,75 milhões de euros (antes de impostos) cada, a Mercedes não revelou quem foi o felizardo que ficou com o primeiro AMG One, sabendo-se que além do primeiro piloto da marca e sete vezes Campeão do Mundo de F1, Lewis Hamilton, a lista de clientes integra ainda duas estrelas entretanto já retiradas, como Nico Rosberg e David Coulthard. Aliás, de acordo com o The Sun, Hamilton terá adquirido mesmo duas unidades, uma vez que pretendia oferecer uma delas ao seu pai.

Mercedes-AMG One já procura recorde no Nürburgring

Este monstro sobre rodas monta como motor principal um 1.6 V6 Turbo de F1, apenas suavizado para reduzir a potência dos originais 700 cv que fornece aos fórmulas, para 574 cv. Com isto a marca alemã prevê que o modelo consiga percorrer 50.000 km antes de necessitar de uma reconstrução total do motor de combustão. Os restantes quatro motores são eléctricos, alimentados por uma pequena bateria com 8,4 kWh. Dois deles estão no eixo dianteiro, cada um deles com 163 cv e associado à sua roda. Cabe-lhes garantir a deslocação do One ao longo dos 18,1 km que percorre em modo 100% eléctrico, além de melhorar o comportamento do hiperdesportivo e de incrementar a potência total em 326 cv.

Mercedes-AMG One esmaga Porsche no Nürburgring

Os restantes dois motores eléctricos têm funções distintas, sendo que um deles está acoplado ao turbocompressor e, para evitar atrasos na resposta ao acelerador, é capaz de colocar instantaneamente a turbina a girar às 100.000 rpm, regime a que é mais eficiente. O quarto e último motor eléctrico está integrado no volante do motor, recarregando a bateria durante as desacelerações e as travagens. Veja aqui como este cocktail de tecnologia bateu o recorde no Nordschleife do Nürburgring, conduzido pelo piloto Maro Engel: