Primeiro jogo no Open da Austrália, vitória frente ao espanhol Roberto Carballés Baena em três sets, uma paragem para assistência médica pelo problema na coxa esquerda. Segundo jogo no Open da Austrália, vitória com o francês Enzo Couacaud em quatro sets, uma paragem para assistência médica pelo problema na coxa esquerda. Terceiro jogo no Open da Austrália, vitória diante do búlgaro Grigor Dimitrov em três sets, uma paragem para assistência médica pelo problema na coxa esquerda. Um filme sempre igual.

Open da Austrália: Djokovic qualifica-se facilmente para os quartos de final

De regresso a Melbourne após a novela que terminou com a deportação do país em 2022, Novak Djokovic, tantas vezes número 1 do quadro principal que agora chegava como quarto melhor (que deveria ser quinto, caso Carlos Alcaraz não estivesse lesionado), foi fazendo o seu percurso tendo como objetivo a décima vitória no Open da Austrália e também o recorde de Grand Slams que pertence a Rafa Nadal (22). Também nesse caminho, outros favoritos foram caindo. A começar logo pelo espanhol, a passar por outros nomes como Frances Tiafoe, Daniil Medvedev, Cameron Norrie, Félix Auger-Aliassime, Holger Rune, Taylor Fritz, Matteo Berrettini, Alexander Zverev. Também na quarta ronda, o sérvio ganhou. Com uma diferença.

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Ao contrário do que se tinha passado nas três partidas, a vitória contra o australiano Alex de Minaur em três sets (6-2, 6-1 e 6-2) não teve aquela paragem para assistência médica e coincidiu com a exibição melhor e mais consistente nesta edição do primeiro Grand Slam da temporada. No entanto, acabou por ser isso a marcar as declarações do antigo número 1 mundial após o encontro, com declarações que, sem citar o nome de qualquer outro jogador, parecem apontar para um alegado “favorecimento” a Nadal perante os problemas físicos que também o assolaram em Melbourne e levaram à derrota com Mackenzie McDonald.

“Estou mentalmente destroçado”: Nadal lesiona-se, recusa desistir mas cai na segunda ronda do Open da Austrália sete anos depois

“Ninguém questiona as lesões dos outros, só as minhas. Que continuem a duvidar aqueles que quiserem isso… Quando outros caem lesionados são as vítimas, quando sou eu então já estou a fingir. Parece-me algo interessante. Não necessito de provar nada a ninguém mas tenho a ressonância magnética deste ano e da abdominal. Estou habituado a estas coisas e sem dúvida que só me dão mais força”, comentou Novak Djokovic em conversa com os jornalistas sérvios presentes em Melbourne e citadas pelo Tennis Majors, antes de assumir que tem tomado comprimidos para os problemas físicos sem que seja algo que goste de fazer: “Não, não gosto nada dessa parte, mas nestes momentos tenho mesmo de fazer isso”.

“Os sinais são bons mas não quero celebrar nada para já. Vamos ver como me sinto amanhã [quarta-feira] e vamos avaliar se devo continuar sem treinar nos dias livres. É interessante ver como continua toda essa narrativa que me rodeia, que é diferente em comparação com outros jogadores que passaram por situações similares. Dá-me mais motivação, só posso agradecer”, acrescentou ainda o recordista de semanas no topo do ranking ATP, que vai defrontar nos quartos o russo Andrey Rublev ainda com esse receio do problemas físico contraído no Open de Adelaide, que antecedeu o primeiro Major da época.