O ministro da Educação australiano, Jason Clare, expressou nesta quarta-feira dúvidas que o “rapper” norte-americano Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, possa ser autorizado a entrar no país por causa de comentários antissemitas.

Numa entrevista ao Canal Nove, Clare classificou de “horríveis” os comentários de Ye, que de acordo com a imprensa local está a planear viajar para a Austrália para visitar a família da companheira, a arquiteta australiana Bianca Censori.

“Pessoas como estas que solicitaram vistos para entrar na Austrália no passado foram recusadas. Acho que se se candidatasse teria de passar pelo mesmo processo e responder às mesmas perguntas”, disse Clare.

O “rapper” elogiou Hitler em dezembro numa entrevista num blogue de extrema-direita na qual disse ter visto “coisas boas” no líder da Alemanha nazi, a quem chamou um “tipo genial”.

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“Eu gosto de judeus, mas também adoro nazis”, acrescentou.

Estas declarações levaram a rede social Twitter a cancelar a conta do músico, enquanto declarações semelhantes levaram ao fim da sua parceria com a marca desportiva Adidas.

Twitter bloqueia conta de rapper Kanye West por mensagem considerada antissemita

Nos últimos anos, a Austrália tem negado vistos a pessoas com opiniões controversas, como o norte-americano Kent Heckenlively, um autoproclamado líder de campanha antivacinação a quem foi negado um visto em 2017.