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As sirenes de alerta para ataques aéreos tocaram esta manhã um pouco por toda a Ucrânia. Os bombardeamentos russos provocaram pelo menos 11 mortos e 11 feridos.

Segundo o líder das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, os sistemas de defesa foram capazes de destruir 47 de 55 mísseis lançados pelas forças russas. No habitual discuro diário, o Presidente ucraniano pediu armas no campo de batalha e para proteger os céus, armas políticas, económicas e legais para enfrentar a Rússia.

O dia também ficou marcada pelas declarações do porta-voz do Kremlin sobre o envio de tanques ocidentais para a a Ucrânia. No habitual briefing diário, Dmitry Peskov disse que Moscovo vê o envio de tanques para Kiev como um “envolvimento direto no conflito”.

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O que aconteceu durante a noite?

  • Portugal possui 37 tanques Leopard 2 A6, mas a maioria está inoperacional. De acordo com o que o Expresso apurou, cerca de uma dezena não estão a 100%, mas podem ser empregues no campo de batalha. Apenas uma minoria dos carros de combate é que está completamente funcionais.
  • Depois de receber promessa de tanques, a Ucrânia já está a sonhar com a chegada de outro armamento dos aliados: caças. Da França ainda não chegou uma decisão, mas também não se fecham as portas à hipótese. “Temos de estudar todos os pedidos caso a caso”, afirmou o presidente do comité de defesa francês, Thomas Gassilloud.
  • O acordo está quase pronto, falta apenas finalizar os detalhes técnicos. A França e a Itália estão perto de uma decisão sobre o envio de um sistema de defesa antiaéreo SAMP/T para a Ucrânia, revelaram duas fontes à agência Reuters.
  • Um membro do Serviço de Segurança da Ucrânia foi detido por suspeita de colaborar com os serviços secretos russos. Líder da agência ucraniana sublinha que “não é lugar” para agentes do Kremlin.
  • O Comité Olímpico Internacional (IOC) quer eliminar a exclusão de atletas russos e bielorrussos das competições. Quem não está de acordo é a Ucrânia, que ameaçou boicotar os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. O ministro do Desporto da Ucrânia, Vadym Goutzeit, afirmou que a participação destes atletas é “inaceitável”.
  • As autoridades alemãs revelaram ter detido um segundo suspeito no caso de espionagem que abalou os serviços secretos do país. Os procuradores federais avançaram esta quarta-feira que um homem, identificado apenas como Arthur E., é acusado de passar informações sensíveis à por ter transmitido informações sensíveis à Rússia.
  • O ex-Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, manifestou-se contra o envio dos tanques Abrams M1 (anunciados ontem por Joe Biden) para a Ucrânia. “Primeiro vão os tanques, depois vão as armas nucleares”, insurgiu-se Donald Trump na sua conta pessoal Truth Social.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros turco acusou a Suécia de ser cúmplice de um “crime de ódio e de racismo”. Mevlut Cavusoglu referia-se aos protestos de grupos anti-islâmicos e pró-curdos do fim de semana passado em Estocolmo.

O que aconteceu durante a tarde?

  • As autoridades russas designaram o jornal independente Meduza como uma “organização indesejável”, proibindo que opere na Federação Russa. O portal é descrito como uma “ameaça às fundações do sistema constitucional e de segurança da Rússia”.
  • A Alemanha deu luz verde para que países com tanques Leopard-2 alemães em stock os enviem para a Ucrânia e a Polónia pensa fazê-lo já nas “próximas semanas”. A ministra da Defesa alemã, Anita Anand, anunciou esta quarta-feira que o país se vai juntar à coligação internacional e providenciar quatro tanques deste modelo a Kiev.
  • O Presidente dos EUA, Joe Biden, estará a preparar uma viagem à Europa que, a confirmar-se, acontecerá perto do aniversário da invasão da Ucrânia, avançou a NBC.

  • O embaixador russo na Alemanha criticou veementemente a decisão do país em autorizar o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, alertando que se tratava de um desenvolvimento “extremamente perigoso” e que representa “um novo nível de confronto”.
  • As Forças Armadas ucranianas antecipam que a próxima mobilização de tropas russas para a guerra está iminente, podendo acontecer já em fevereiro. De acordo com a Agência de Notícias Ucraniana, que cita uma comunicação do porta-voz do Estado-maior ucraniano, Oleksandr Shtupun, “até 29 de janeiro, todas as instituições ditas públicas e privadas [russas] devem submeter listas de reservistas aos comissários militares”.
  • Desde o início da guerra, os países ocidentais expulsaram 574 funcionários diplomáticos russos. Os dados foram compilados pela agência oficial russa TASS, que refere que a Bulgária foi o país que expulsou mais diplomatas russos no último ano.
  • A ministra dos Negócios Estrangeiros de França, Catherine Colonna, chegou esta quinta-feira a Odessa para mostrar o “apoio” francês “à soberania da Ucrânia, hoje como sempre”. A governante encontrou-se com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que agradeceu a “corajosa visita”.

O que aconteceu durante a manhã?

  • … “Falha estratégica”. Embaixadora dos EUA na Ucrânia condena ataques russos
    “Outro cruel ataque, a mesma falha estratégica”. Foi assim que Bridget Brink, embaixadora dos EUA na Ucrânia, classificou os ataques que ocorreram esta quinta-feira de manhã.
  • Os ataques de mísseis lançados esta quinta-feira pela Rússia atingiram Odessa, um dia depois de a região ter sido inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO. Para Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, a “destruição é a resposta de Putin” à nomeação.

  • O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscovo vê o envio de tanques para a Ucrânia como “envolvimento direto no conflito” dos EUA e da Europa. As declarações foram feitas um dia depois da Alemanha e os Estados Unidos terem anunciado o envio dos tanques Leopard-2 e Abrams-M1.
  • O ministros da Defesa alemão, Boris Pistorius, antecipou que os tanques Leopard-2 deverão chegar à Ucrânia “no final de março, início de abril”. O ministro de Defesa britânico, Alex Chalk, faz uma previsão semelhante, indicando que os tanques Challenger-2 deverão estar no território ucraniano até ao final de março.
  • Numa entrevista exclusiva à Sky News, o Presidente ucraniano afirmou que para o homólogo russo a Ucrânia é “apenas o primeiro passo”. Volodymyr Zelensky disse estar “convencido” de que o homólogo russo está a “travar uma grande guerra”, acrescentando que não está interessado em encontrar-se com Vladimir Putin para negociações de paz.
  • A DTEK, empresa de energia ucraniana, anunciou que implementou esta quinta-feira “cortes de emergência” em várias regiões do país, incluindo Kiev e Odessa, devido à “ameaça de um ataque com mísseis”.