O porta-voz do Kremlin considerou esta terça-feira que a visita do Presidente norte-americano à Ucrânia na segunda-feira não influencia a política interna russa porque “não é um acontecimento extraordinário”, noticia a agência Efe.
“Não creio que para nós uma visita do Presidente dos EUA, inclusive à Ucrânia, seja um acontecimento extraordinário capaz de influenciar a nossa política interna”, afirmou Dmitri Peskov, citado por aquela agência de notícias espanhola.
No entanto, adiantou também a agência de notícias Europa Press, que cita declarações de Peskov ao canal de televisão russo 1TV, a Rússia seguiu “de muito perto” a visita do Joe Biden a Kiev, onde se encontrou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo o porta-voz do Kremlin, a Rússia vai “permanecer soberana e não prestar atenção a ninguém”.
“Consideremos que a prioridade somos nós e a nossa agenda”, cita a Europa Press.
No mesmo discurso, Peskov adiantou ainda não acreditar que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai seguir “pessoalmente” o discurso de Joe Biden na Polónia, marcado para esta terça-feira: “Naturalmente, iremos informá-lo sobre isso, como habitualmente fazemos, com documentos, relatórios e afins”, cita a Europa Press.
Sobre o discurso de Biden, o porta-voz do Kremlin afirmou que “há um elevado nível de probabilidade” do discurso do Presidente norte-americano ser “uma continuação da russofobia”.
Joe Biden, que está na Polónia para assinalar o primeiro ano de guerra na Ucrânia, anunciou na segunda-feira em Kiev um novo pacote de ajuda de mais 500 milhões de dólares e que inclui armas de longo alcance e mesmo outro armamento que “nunca tinha sido fornecido antes”.
O Presidente norte-americano revelou ainda que Washington vai impor novas sanções contra as elites e empresas que ajudam a “máquina de guerra” russa.