O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou esta terça-feira ser dos poucos líderes ocidentais que permanecem em comunicação com o Presidente russo, Vladimir Putin, e reiterou que uma “paz imposta” não é a solução para o fim do conflito na Ucrânia.

“Falo com o Presidente russo, sou dos poucos. Não apenas o visitei em Moscovo e sentei-me na sua ampla mesa, mas também tive muitas e longas conversas telefónicas com ele e continuarei a fazê-lo, apesar de não termos a mesma opinião”, disse num encontro com cidadãos em Cottbus (leste da Alemanha).

Ao ser questionado por uma cidadã que pediu a opção da via diplomática em detrimento do envio de armas para a Ucrânia, Scholz sublinhou que “um país agredido deve poder defender-se e tem direito a pedir ajuda a outros”.

O chanceler reiterou que as negociações são necessárias, mas terão se ser concluídas com algo que não seja uma “paz imposta”, por considerar “que se negoceia mal com uma pistola apontada à cabeça”.

“A base das negociações tem de ser que o Presidente russo entenda que o seu objetivo imperialista não funciona e que tem de retirar as suas tropas. Tem de existir algo que negociar, não pode ser simplesmente assinar uma capitulação”, argumentou Scholz.

O chanceler manifestou a sua compreensão pelo “medo” que sentem muitos cidadãos face à perspetiva de uma escalada bélica, mas afirmou que não toma decisões de forma impulsiva mas antes se coordena em permanência com os aliados da Alemanha e faz o possível para evitar um alargamento do conflito.

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