O número oficial de mortes na segunda passagem do ciclone Freddy por Moçambique subiu de oito para 10, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).

As 10 vítimas mortais foram registadas na província da Zambézia, centro de Moçambique, atingida pela tempestade desde sexta-feira.

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O INGD estima que mais de 20 mil pessoas tenham sido recebidas em 35 centros de abrigo, mas prevê que o total de afetados seja muito maior.

“Temos a consciência que não há apenas estes 20 mil afetados”, referiu na segunda-feira o governador da província da Zambézia, Pio Matos.

De acordo com o balanço preliminar das autoridades, há mais de 800 casas precárias destruídas e outras mil com diversos prejuízos, sobretudo coberturas de zinco levadas pelo vento.

Um total de 14 unidades sanitárias estão danificadas e há nove troços de estrada intransitáveis ou com circulação condicionada.

Há ainda 116.000 clientes da Eletricidade de Moçambique sem energia nas províncias de Zambézia, Manica e Sofala.

O Maláui, país que faz fronteira com o oeste da província da Zambézia, declarou na segunda-feira o estado de calamidade em várias partes do sul do país depois de o ciclone Freddy ter causado 99 mortes e destruição generalizada.

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Segundo as previsões meteorológicas, a tempestade deverá continuar a afetar a região com chuva forte até quarta-feira.

Na primeira passagem por Moçambique, a 24 de fevereiro, o ciclone Freddy tinha causado também 10 mortes após dias de intempérie.