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Xi Jinping já chegou à Rússia e, a propósito da visita de três dias do Presidente chinês, Vladimir Putin descreveu este encontro como “um evento histórico”, que “reafirma a natureza especial da parceria Rússia-China”.

Nesta segunda-feira, que fica marcada pela primeira visita oficial do Presidente chinês à Rússia desde que começou a guerra na Ucrânia, Putin escreveu um artigo de opinião, publicado pelo jornal chinês People’s Daily, em que diz ter “grandes expectativas para as próximas negociações”.

Não temos dúvidas de que (a China) dará um novo impulso à nossa cooperação bilateral. É também uma ótima oportunidade para me encontrar com o meu bom e velho amigo.”

Putin referiu ainda, ao longo do texto, que “os dois povos têm muito em comum” e agradeceu “a postura equilibrada em relação aos acontecimentos na Ucrânia, bem como a sua compreensão dos antecedentes históricos”.

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“Congratulamo-nos com a prontidão da China para dar uma contribuição significativa para a solução da crise. Tal como os nossos parceiros da China, defendemos o total cumprimento da Carta da ONU, o respeito às normas do direito internacional, incluindo o direito humanitário”, acrescentou.

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Putin aproveitou ainda para alertar para as questões nucleares, admitindo estar “profundamente preocupado com as ações irresponsáveis e francamente perigosas que comprometem a segurança nuclear”. E voltou a defender o levantamento das sanções impostas pelos países que estão ao lado da Ucrânia, consideradas pelo Presidente russo como “ilegítimas”.

Mas Putin não foi o único a escrever um texto sobre a relação entre os dois países. Também Xi Jinping, que aterrou esta manhã em território russo, escreveu um artigo, publicado no jornal russo Rossiiskaya Gazeta. “Ambos procuram uma política externa independente”, começou por referir o Presidente chinês, numa referência à China e à Rússia.

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Xi Jinping também não deixou de lado a guerra na Ucrânia, nem esqueceu o plano composto por 12 pontos, que divulgou há semanas — documento que defendia a retoma das negociações entre a Ucrânia e a Rússia. “A China sempre manteve uma posição objetiva e imparcial”, acrescentando que o seu país “promoveu ativamente as negociações de paz”.

“Não há uma solução simples para um problema complexo”, acrescentou.

[Explicador em vídeo. Como Xi Jinping aumentou a tensão entre a China e o Ocidente na última década:]