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A Mykines, uma empresa inglesa que tem como morada uma pequena casa num subúrbio de Londres terá conseguido exportar equipamentos eletrónicos avaliados em 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) para a Rússia. Este valor de envios foi registado desde o início da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Financial Times (FT) investigou a Mykines Corporation, com morada no subúrbio de Enfield e que surge nos registos russos como uma fornecedora de equipamento eletrónico. A lista inclui semicondutores, servidores, portáteis, componentes para computadores, equipamento para redes de telecomunicações ou produtos de eletrónica de consumo. O jornal britânico apurou que são mencionadas diversas marcas, como Huawei, Samsung, Apple, Intel ou AMD.

Mas a maior parte dos equipamentos enviados para a Rússia, pelo menos 982 milhões de dólares (893 milhões de euros) estão sujeitos às restrições de exportações de empresas e cidadãos britânicos para a Rússia. E, caso não exista uma autorização por parte das autoridades britânicas para este envio, considera-se que existe uma violação das sanções decretadas à Rússia.

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Os dados analisados pelo FT foram obtidos por Maxim Mironov, um professor da IE Business School de Madrid, e levantam questões sobre a eficácia das sanções para limitar a chegada de componentes eletrónicos à Rússia.

Ao FT, um porta-voz do governo britânico frisou que “todos os negócios registados no Reino Unido são obrigados a cumprir com o regime de sanções à Rússia”. “Levamos potenciais violações muito a sério, mas não discutimos os detalhes sobre como é que aplicamos as sanções de comércio para casos específicos.”

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