Alexander Smuzikov e Alexander Kaplan, dois oligarcas russos e sócios, estão a aguardar a naturalização como portugueses desde 2020, avança o jornal Público este sábado, 13 de maio. Os dois magnatas são certificados pela Comunidade Israelita do Porto (CIP) e aguardam a naturalização ao abrigo da lei dos judeus sefarditas.

Apontados como próximos do presidente russo, Vladimir Putin, os dois oligarcas fizeram fortuna com o petróleo. Smukizov, 51 anos, enriqueceu, sobretudo, com a venda daquela que viria a ser uma das dez maiores companhias privadas petrolíferas do mundo à TNK-BP. Foi depois comprada pela empresa estatal Rosnef por 813 milhões de euros. O magnata é ainda um dos maiores colecionadores de arte russa, com uma fortuna avaliada em 547 milhões de euros. O homem é referenciado nos Pandora Papers.

Kerimov e mais dez: nos Pandora Papers, há 11 russos sancionados. Um deles é Alexéi Mordashov, o 5º mais rico do país

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Alexander Kaplan foi vice-presidente para a refinação e o comércio da TNK-BP e também fez fortuna com o petróleo. É um dos que consta da lista de empresários russos sancionados por Kiev devido à invasão russa — é acusado de “apoiar” Vladimir Putin, ajudando-o financeiramente, já que é um dos principais acionistas do Stavropol Promstroybank.

Alexander Smuzikov e Alexander Kaplan são fundadores e sócios da Sanora-Rus, empresa com sede em Moscovo que, alegadamente, presta serviços de contabilidade.

A lei dos sefarditas concedia nacionalidade portuguesa aos descendentes da antiga comunidade judeus sefarditas que foram expulsos da Península Ibérica no final do século XI — a lei terminou no final de 2022. De acordo com o Público, Smuzikov e Kaplan já receberam parecer positivo da Polícia Judiciária.