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O Kremlin afirmou esta terça-feira que ainda há “muitas questões” a resolver antes de se prolongar os acordos do Mar Negro, que permitem a exportação de cereais ucranianos por via marítima e que Moscovo ameaça abandonar.

Ainda há muitas perguntas sem resposta sobre a parte do acordo que nos diz respeito. Temos agora de tomar uma decisão”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.

Moscovo afirma que ainda existem obstáculos às suas próprias exportações de fertilizantes e cereais, pelo que ameaça abandonar o acordo.

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A “Iniciativa para a Exportação de Cereais do Mar Negro”, um conjunto de dois acordos patrocinados pela ONU e pela Turquia, alcançados separadamente com Kiev e Moscovo em julho de 2022, retomou as exportações de cereais ucranianos que tinham sido interrompidas pelo conflito, aumentando os receios de uma crise alimentar global.

Estes acordos foram renovados pela última vez a 19 de março.

Em teoria, as renovações deveriam ser válidas por 120 dias, mas a Rússia afirmou que só tinha concordado com uma prorrogação de 60 dias.

O prazo de Moscovo expira na noite de 18 de maio.

Moscovo sustenta que, embora as exportações de cereais ucranianos tenham sido retomadas, as de fertilizantes e produtos alimentares russos continuam a ser dificultadas por obstáculos relacionados com as sanções impostas pelos países ocidentais após o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.

A Rússia enumerou publicamente cinco requisitos para a extensão do acordo, incluindo a reativação do banco agrícola russo Rosselkhozbank ao sistema bancário internacional Swift e a remoção de barreiras à segurança dos navios e ao acesso a portos estrangeiros.

Há várias semanas que decorrem intensas negociações para garantir uma prorrogação do acordo para além de 18 de maio.

Na semana passada, a Turquia afirmou que a prorrogação do acordo estava “próxima”, o que Moscovo não confirmou.

Os países ocidentais acusaram a Rússia de utilizar os alimentos “como uma arma”.