A Câmara dos Representantes aprovou, na madrugada desta quinta-feira, e por uma larga maioria, a lei para aumentar o teto da dívida dos EUA. Está, assim, ultrapassada uma das duas fases que precedem a entrada em vigor da lei, que necessita da promulgação do presidente Joe Biden. Falta, agora, a aprovação do Senado.

A lei, que foi negociada entre Biden e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, passou sem dificuldades na câmara baixa do Congresso, com 317 votos a favor e 117 contra. 165 democratas e 149 republicanos apoiaram a lei.

No final da votação, McCarthy desvalorizou o número de votos contra entre os republicanos (foram 79). O líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes teve de lidar com a oposição do Freedom Caucus, um grupo de republicanos mais conservadores, que tentou angariar votos para chumbar a lei “Hoje à noite, todos nós fizemos história”, congratulou-se McCarthy, citado pelo Guardian.

EUA em contrarrelógio para evitar incumprimento. Os pontos centrais do acordo que Biden fez com os republicanos

Antes da votação, no seio do partido Republicano, os opositores à lei voltaram a criticar a acordo. “O Presidente Biden está feliz em enviar os americanos para mais um penhasco fiscal, com muitos republicanos a esconderem-se por detrás de um “acordo” que falha miseravelmente em abordar a verdadeira razão da nossa crise de dívida: GASTOS”, disse Scott Perry, um congressista republicano, eleito pela Pensilvânia.

A lei sobe agora ao Senado, que deverá, segundo informações recolhidas pelo Washington Post, reunir-se no fim de semana para votar o acordo. O líder da maioria democrata do Senado avisa que não há margem de erro. “Qualquer atraso desnecessário, qualquer quezília política de última hora neste momento seria um risco inaceitável”, disse Chuck Schumer. Os senadores não poderão debater a lei durante muito tempo, sob pena de esta não poder ser aprovada pelo Presidente Biden até dia 5 de junho, a data limite. Também é improvável que a lei sofra alterações no Senado, uma vez que isso obrigaria a lei a baixar de novo à Câmara dos Representantes, não havendo tempo para novas votações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR