O 501.º dia de guerra na Ucrânia ficou marcado pelas movimentações diplomáticas em vésperas da cimeira da NATO que irá ter lugar em Vilniu, na Lituânia, na próxima semana.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou que considera que a Ucrânia “não está pronta” para aderir à Aliança e que qualquer entrada só poderá ocorrer quando a guerra terminar. Para além disso, Biden falou também com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, junto de quem defendeu a entrada “imediata” da Suécia na Aliança.

No terreno, as Forças Armadas da Ucrânia aproximaram-se das cidades de Melitopol e Berdyansk, mas reconheceram que a situação permanece difícil na zona sul do país. Já a Rússia denunciou um ataque à cidade de Kerch, na Crimeia, que, contudo, não provocou feridos.

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • O Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou que a Ucrânia não está pronta para aderir à NATO e que essa é uma situação que só deve acontecer depois de a guerra terminar. “Não acho que a Ucrânia esteja pronta para a adesão”, afirmou o Presidente em entrevista à CNN.
  • Em reação às declarações de Biden, o ex-embaixador americano na NATO Kurt Volger disse que Biden vê situação “ao contrário”: “A NATO é que não está preparada para receber a Ucrânia.”
  • Biden aterrou em solo britânico, na véspera de se encontrar com o primeiro-ministro Rishi Sunak. Os dois líderes discordam relativamente ao envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia, mas não é certo se o tema será abordado na reunião entre os dois.
  • A presidência turca anunciou que o chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdoğan, vai encontrar-se pessoalmente com o homólogo norte-americano, Joe Biden, à margem da cimeira da NATO que vai ter lugar em Vilnius, na Lituânia. O anúncio foi feito depois de um telefonema entre os dois líderes em que Biden afirmou que a Suécia deve aderir à NATO “o mais cedo possível”.
  • O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou este domingo que, mesmo sendo contra o uso de bombas de fragmentação, a Alemanha não pode impedir os Estados Unidos de as fornecerem à Ucrânia. “Não podemos, na situação atual, bloquear os Estados Unidos”, resumiu.
  • Responsáveis miliares ucranianos reclamaram este domingo avanços na frente de Bakhmut, na região de Donetsk, onde o exército russo está retido em alguns pontos, mas admitiram que a situação continua difícil no sul.
  • As Forças Armadas ucranianas anunciaram que estão a registar avanços em duas direções diferentes na região de Zaporíjia, onde se situa uma central nuclear. Em concreto, as tropas ucranianas estão a aproximar-se das cidades de Melitpol e Berdiansk.
  • O antigo Presidente russo Dmitri Medvedev defende que Moscovo deve atacar vários centrais nucleares ucranianas, caso se venha a concretizar um ataque com “mísseis NATO” às instalações nucleares de Smolensk, no leste da Rússia. Medvedev referia-se, em concreto, às instalações nucleares de Rovno e Khmelnitsky. As palavras foram proferidas depois de ser tornada pública a alegada tentativa, por parte das forças ucranianas, de atacar um ataque com mísseis à central de Smolensk.
  • O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que ao todo foram mortos 170 civis na capital ucraniana desde o início da guerra de grande escala.
  • O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, confirmou que a cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que está marcada para o próximo mês decorrerá de forma presencial. Não é certo se o Presidente russo, Vladimir Putin, estará no encontro.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O presidente dos EUA, Joe Biden, começou uma rápida visita à Europa com a Guerra da Ucrânia na agenda. A primeira paragem será o Reino Unido, mas Biden também passará pela Lituânia, para participar na cimeira da NATO, onde se discutirá o alargamento da Aliança e o envio de bombas de fragmentação à Ucrânia. O Presidente irá depois até à Finlândia.
  • Volodomyr Zelensky e Andrzej Duda, o Presidente polaco, celebraram este domingo em Lutsk o aniversário dos massacres ocorridos em Volhynia, na Polónia, por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial.  Os dois líderes falaram também da cimeira da NATO.
  • As autoridades da Rússia disseram que intercetaram dois mísseis de cruzeiro disparados pela Ucrânia sobre território russo. Um deles foi abatido perto da cidade de Kerch, na Crimeia.
  • O número de mortos do ataque russo a Lyman subiu para nove. O ataque foi feito com munições de fragmentação a partir dos lançadores Smerch, segundo as autoridades locais.

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