Início de setembro, paragem dos clubes para os compromissos das seleções, neste caso alguns dias de férias concedidos por Roger Schmidt aos jogadores do plantel que não foram chamados pelos respetivos países, a habitual entrevista de balanço de mercado. À semelhança do que tem vindo a acontecer desde que assumiu a liderança do Benfica na sequência da saída de Luís Filipe Vieira e posteriores eleições, Rui Costa, presidente dos encarnados, foi ao canal do clube explicar as opções tomadas pelos campeões este verão, numa série de movimentos que terminou no último dia com as saídas de Vlachodimos (Nottingham Forest), Ristic (Celta de Vigo) e Schjelderup (Nordsjaelland por empréstimo) e a entrada da Juan Bernat (cedido pelo PSG).

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Havia mais, ainda à luz daquilo que foi a venda de Enzo Fernández em janeiro ao Chelsea por 120 milhões de euros. O internacional turco Orkun Kökçu tornou-se o jogador mais caro de sempre do Benfica ao sair do Feyenoord como campeão e Melhor Jogador da Eredivisie por 25 milhões, o lateral checo David Jurásek veio do Slavia Praga por 14 milhões para colmatar a custo zero a saída de Grimaldo para o Bayer Leverkusen, o brasileiro Arthur Cabral foi o escolhido para render Gonçalo Ramos (empréstimo ao PSG a receber agora 20 milhões e depois mais 45) saindo da Fiorentina por 20 milhões, Ángel Di María voltou à Luz 13 anos depois por uma temporada. Ainda assim, e entre os outros negócios como as saídas a título definitivo de Gilberto e por empréstimo de Lucas Veríssimo, a maior curiosidade acabava por estar na baliza, com Trubin a chegar o Shakhtar por dez milhões para competir com Vlachodimos pela baliza antes de o grego também sair.

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Em paralelo, podiam surgir outras questões abordadas, no plano interno como a provável saída de Domingos Soares de Oliveira de co-CEO da SAD após quase duas décadas na Luz para um possível projeto na Arábia Saudita pelo campeão Al-Ittihad ou na realidade nacional do futebol como a recente falha do VAR no Estádio do Dragão num encontro em que o FC Porto apenas chegou ao empate aos 90+19′ frente ao Arouca. “Temos de confiar naquilo que Roger Schmidt acredita que é capaz de fazer desta equipa e naquilo que ele já tem feito. Isso dá-lhe todos os créditos. Ele é o nosso treinador. Já deu provas de saber aquilo que ele está a fazer”, destacara Rui Costa num pequeno excerto da entrevista gravada que passara antes das 19h04 na BTV. “Se estou satisfeito com o que tenho visto nas quatro jornadas, digo que não estou. Não vou pisar o que toda a gente viu, iremos estar sempre alerta. Seremos sempre um clube que procura que o campeonato se desenrole dentro de campo e que quem ganhe em campo seja o mais forte, joguemos os minutos que joguemos”, frisou.

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“A estratégia deste ano foi sobretudo seguir aquilo que tínhamos feito desde o ano passado e alimentar o que foi criado no meu projeto de quatro anos que visa essencialmente a parte desportiva, reforçar de ano para ano as nossas equipas e baseando numa maior qualidade, num número de ativos mais reduzido do que tínhamos, procurando reforçar com elementos fundamentais que venham colmatar algumas debilidades que a equipa possa ter. Esta foi a estratégia. No ano passando tivemos de reformular muito da equipa, este ano não era tão evidente isso e aquilo que procurámos foi, nas posições chave, reforçar os setores. Claro que tudo tem de ser balanceado com a parte financeira, salvaguardando o clube. Acredito que foi um mercado muito conseguido e que nos deixa numa situação privilegiada para lutar por todas as provas”, destacou.

“Gastos excessivos? Depende de como se queira ver… Primeiro com Di María, Kökçu e Jurásek estava a gastar a mais, depois com a venda do Gonçalo Ramos já estava a desinvestir… A realidade é que desde o primeiro minuto do mercado tudo foi ponderado e equacionado. O que gastámos foi o que podíamos, o que vendemos foi o que tivemos oportunidade de vender, sempre com a vertente de reforçar a equipa. A saída do Enzo já está falada, este ano fizemos a venda do Gonçalo Ramos pelos valores que se conhecem, que pode chegar aos 80 milhões. Bem sei que cada adepto sofre com a saída de um jogador influente mas não sofre menos do que quem tem de vender. Foi um jogador extraordinário, foi da nossa formação, também custa. Agora, todos os anos se discute saídas e percebendo isso tem de ver a convicção de que não há nenhum clube em Portugal que possa fazer as suas contas sem vender jogadores, tem de ser”, admitiu Rui Costa, falando em propostas feitas por jogadores como “David Neres, Morato, Florentino Luís, António Silva ou João Neves”. “Foi isso que fez com que alguns jogadores se mantivessem, fizemos só a venda mais cara”.

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“A venda do Enzo em termos de exercício finaliza a 30 de junho, nada tem a ver com esta época. A saída do Gonçalo Ramos permite chegar ao final da época sem ter de vender mais nenhum jogador. Com uma venda só, não tivemos de fazer mais. Futebol saudita? É um risco um mercado com esta pujança tirar nomes mais importantes da Europa. Ainda assim, aguardaria mais uma janela de mercado para percebermos qual é a estratégia mas em Portugal ainda estamos longe de sermos um alvo principal. Não é uma preocupação que tenhamos de ter por cá, vamos ver que dimensão terá e que danos ou proveitos vais criar”, assinalou o presidente dos encarnados, antes de começar a detalhar as operações feitas, a começar pelas renovações.

“O Joãozinho foi a renovação mais fácil que tive neste clube”

“As quatro renovações são diferentes. Otamendi parecia perdido mas não foi de dificuldade elevada pela vontade que o nosso capitão teve de renovar. É campeão do mundo, podia ser um alvo de fora mas senti que o Otamendi queria continuar connosco. É o grande líder da equipa e senti prazer por seguir este percurso, sendo uma mais valia para nós. O Tiago Gouveia e o Tomás Araújo são normais, depositamos esperanças, estiveram emprestados com épocas extraordinárias com evolução e faz parte da estratégia, jogadores que podem ser da primeira equipa mas que têm de dar um salto e corresponderam. O Joãozinho, o nosso João Neves, posso dizer que foi a renovação mais fácil que tive neste clube. Só queria saber quando renovava, por quantos anos e quanto era o próximo jogo. Tem tido uma evolução extraordinária”, reforçou.

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“Estou muito satisfeito com as contratações e otimista porque foram ponderadas, não foi nada de recurso porque eram jogadores que acompanhávamos há mais de um ano”, referiu depois o líder a propósito das chegadas de Kökçu (25+5 milhões), Arthur Cabral (20+5 milhões), David Jurásek (14 milhões), Anatoli Trubin (10+1 milhões) Ángel Di María (livre, “por um ano mas com a esperança que o possa convencer a ficar mais”), Gonçalo Guedes (empréstimo um ano) e Juan Bernat (empréstimo um ano). “O Kökçu é a aquisição mais cara, algo que tem acontecido todos os anos. Há bastante tempo que estava identificado, se tivéssemos tempo teria sido logo escolhido quando saiu o Enzo. 22 anos, uma leitura de jogo fenomenal, não nos deixa dúvidas. Já ninguém tem dúvidas do valor, só vimos se tínhamos condições de lá chegar”, realçou.

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“O Arthur Cabral estava identificado desde o Basileia e o nosso treinador tentou levá-lo para o PSV. Temos de dar um pouco mais de tempo mas vai marcar muitos golos. Jurásek, após a saída de Grimaldo, foi um dos laterais identificados e considerámos que tinha o perfil e idade. Precisamos de ter paciência. O Trubin não estava nos planos porque era quase inalcançável, tentámos anteciparmo-nos e conseguimos, penso que será um dos melhores guarda-redes da Europa nos próximos tempos”, disse. “Vou revelar aqui um segredo: o Di María fechou contrato com o Benfica um mês antes de se apresentar na Luz, pela grande vontade que teve de representar o Benfica. No ano passado esteve muito perto mas apareceu a Juventus com valores que não podíamos sequer chegar perto. Foi por pouco. Este ano, não quis ouvir mais nada. Cheguei a ouvir que vinha ganhar dez milhões de prémio de assinatura e cinco milhões líquidos por um ano, o que faria uma transação de 20 milhões para um ano. Veio sem passar o teto salarial e sem prémio. Questão: acreditou na minha palavra quando disse que aquilo era o máximo e não regateou sequer um euro“, destacou Rui Costa. “Gonçalo Guedes está na mesma linha, têm vontade de jogar e neste caso da formação. Ele agora está a recuperar da operação ao joelho mas ninguém percebe como aguentou 15 minutos ainda no dérbi assim”.

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“O Bernat tem um perfil diferente do David Jurásek, até na idade. Um é mais maduro e mais pronto para naquilo que se avizinha e outro é mais para um futuro mais longo. Um vai ajudar o outro. Vai permitir-nos que o Jurásek cresça sem tanta responsabilidade de substituir o Grimaldo numa fase tão imediata. O Bernat sempre foi ponderado porque estava de saída e é uma enorme mais-valia: maduro, jogador com experiência internacional, de seleção, de Liga dos Campeões. Este ano focámo-nos na profundidade do plantel e com estas entradas o Benfica tem uma dimensão enorme em termos qualitativos com 25 jogadores, num plantel muito versátil naquilo que são as manobras que o nosso treinador possa querer aplicar. Queria também dizer que o Fredrik [Aursnes] não é um tapa buracos, é o jogador mais versátil que conheço da atualidade no futebol. Tomara nós termos mais do que um Fredrik, que permite ao treinador várias funções dentro de campo, quer durante o jogo quer antes de o jogo iniciar”, rematou Rui Costa sobre essa vertente.

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“Gonçalo? Quando o jogador já está em posse da proposta do futuro clube, esqueçam…”

O presidente dos encarnados falou depois de outros casos como o de João Victor, que voltou após ter estado emprestado (e jogar vários encontros como lateral direito), ou Weigl. “No futebol depende sempre de como quisermos analisar. As saídas justificam as entradas ou as entradas justificam as saídas. O Weigl estava emprestado, apareceu a oportunidade de continuar na Alemanha. Não ia fazer parte deste plantel. Lá para fevereiro apareceu a possibilidade de o B. Mönchengladbach ficar com o jogador e também havia vontade dele em continuar na Alemanha”, começou por dizer sobre o médio alemão, que rendeu sete milhões após ter custado 20 milhões ao Benfica e foi uma das saídas definitivas a par de Gilberto (2,5+0,5 milhões), Ristic (1,5+1,5 milhões), Vlachodimos (4,9+4,4 milhões), Luís Semedo (0,5+0,5 milhões) e Rafael Brito.

“O Gilberto teve uma proposta interessante em janeiro, preferimos não mexer. Até pelo Fredrik jogar pela direita perdeu espaço, queria voltar ao Brasil e acabámos por aceitar. O Ristic é como o Gilberto, cumpriu mas tendo pouco espaço e pouco tempo acabou por ser benéfico para ambas as partes a saída. Um plantel não é só feito de 11 mas temos de medir os minutos de jogo, o Mihailo [Ristic] fez pouco. O Jota deu uma percentagem da revenda mas a questão dele mostra que é preciso aguardar mais um mercado para perceber a dinâmica que vai ter. O Seferovic foi libertado no último ano de contrato, não ganhando nada com a transferência mas ganhando a parte salarial que tínhamos com ele. Quando procuramos diminuir estes ativos, sabíamos que não íamos ganhar dinheiro com alguns jogadores.Ttodos os ativos representam o mesmo em termos de custos salariais em relação ao ano passado, não subiu nem um euro em comparação com o que tínhamos gasto no ano passado”, prosseguiu Rui Costa, antes de falar de Vlachodimos.

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“Não deixa de ser uma situação sensível, não vou varrer para debaixo do tapete que aconteceu o que aconteceu porque acabou por ser público. Representou o Benfica durante cinco anos e merece da minha parte, e de todos os benfiquistas, o maior respeito. Depois do que aconteceu, depois de se perceber que poderia perder espaço na equipa, era da vontade do próprio criar-se uma solução. Isto nunca deixou de estar ponderado. No ano passado, a dois dias de acabar o mercado, ele teve uma proposta do Ajax muito vantajosa e nós não pudemos sequer olhar para a proposta, para a vontade do jogador ou para a nossa vontade, porque o mercado estava a fechar e não tínhamos uma solução”, começou por dizer o presidente das águias.

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A vinda do Trubin também precavia não só a concorrência na baliza, mas também uma possível saída do Vlachodimos. Chegou uma proposta do Nottingham, que era benéfica para o Benfica do ponto de vista financeiro, mas essencialmente para o jogador, já que era uma saída que lhe agradava. Jogar na Premier League era um dos objetivos que o jogador tinha. Numa conversa ponderada, pensámos que a melhor solução para ambas as partes era ceder a esta proposta e que o jogador fosse procurar outra experiência. Sai como entrou, com a maior relação. Estaremos sempre gratos ao que Vlachodimos fez. Passou cinco anos quase sempre como titular. A vida de um jogador é assim, como é a vida do treinador ou de um dirigente. Há ciclos e este ciclo acabou, que as soluções que tínhamos davam as garantias”, acrescentou.

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“Gonçalo? Não fiquei surpreendido porque nós não escolhemos os timings, nem nós nem os jogadores. As propostas aparecem, decido que vou contratar e partimos para a negociação. Quando ele partiu houve aqui uma tentativa inicial de tentar jogar isto para lá da Supertaça mas a partir do momento em que a negociação está a correr e que o jogador em si já está em posse da proposta do futuro clube, esqueçam… Não vale a pena estar a contar mais com esse jogador. Diz-nos o futebol e diz-me toda a experiência que tenho. É uma ideia romântica, pelos valores que calculo que imaginamos todos… Na cabeça do Gonçalo já não estava o jogo da Supertaça porque é legítimo, é normal que não queira arriscar. Fazemos muitas vezes drama onde ele não existe. Lembro-me perfeitamente de no ano passado ter pedido publicamente para que não houvesse grandes euforias quando estávamos com dez pontos de avanço. Assumo isto como benfiquista, não só como presidente, que este é um dos males do nosso clube. Somos muito positivos assim que alguma coisa está mal, mas somos muito negativos assim que alguma coisa não nos corre como nós desejamos”, admitiu.

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“Apontando ao futuro do Schjelderup, seria inútil ficar cá numa posição de jogar poucos minutos e procurámos uma solução onde ele pudesse continuar a sua evolução para poder contar no próximo ano no Benfica. Dentro das soluções viáveis que tínhamos para o Schjelderup, uma delas era o regresso a casa, onde ele se sente bem e para onde preferiu ir, com uma vantagem financeira para o clube. A ida dele para o seu emblema anterior permite reduzir 2,5 milhões à sua transferência. Ele tinha outras opções mas conjugámos as coisas com a vertente de que tem de jogar. Ficar aqui parado ia estagnar a evolução e desenvolvimento que terá de ter porque apontamos muitas baterias a este jogador e temos muita confiança naquilo que ele poderá fazer no futuro no nosso clube”, referiu ainda, entre outras cedências como Tiago Dantas, Paulo Bernardo, Henrique Araújo ou Martim Neto e elogios ao agora jogador do Corinthians, Lucas Veríssimo: “Esteve ano e meio parado no Benfica derivado àquela dramática lesão que lhe impede a continuidade da titularidade no Benfica e na seleção com perspetivas de ir ao Mundial mas foi dos mais influentes no balneário”.

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“Grimaldo? Fizemos os possíveis para manter dentro do plantel, sabendo da importância que tinha na equipa. Era um dos jogadores mais experientes dentro do clube, com mais anos de casa e tinha um papel fundamental dentro do campo. Estávamos a fazer de tudo para o manter no Benfica, não tínhamos completado ainda as negociações mas também tínhamos percebido, como o próprio justificou, que procurou respeitosamente outro desafio. Não deixou de nos representar até ao último dia com grande profissionalismo e dignidade. NDour? É diferente. Estava no início da carreira dele, estava para renovar contrato. Negociámos bastante com ele e com os seus agentes mas entendeu que o seu futuro não passava pelo Benfica e que iria à procura de outras soluções. Depois apareceu-lhe o PSG e assim fechou. É um jogador que até quisemos muito mas não posso de maneira nenhuma obrigar os jogadores a ficar no Benfica”, explicou ainda nesse capítulo.

“Se estou satisfeito com estas quatro jornadas, não estou. Vamos estar alerta”

Só mesmo na parte final Rui Costa abordou outros temas desportivos que não diretamente ligados ao Benfica e ao mercado, neste caso sobre o que se passou no Dragão no domingo. “Vai ser um ano duro. Dois anos seguidos a ir aos quartos da Liga dos Campeões, sabemos que ir a uma final europeia é muito difícil mas temos de ser ambiciosos. No ano passado acreditámos que podíamos chegar mais longe, ficou um sabor amargo. Não devemos tirar os pés do chão e perceber as dificuldades mas temos de trabalhar para isso um dia, amanhã ou daqui a uns anos”, começou por referir mais na ótica de objetivos europeus.

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“Em termos internos, revalidar um título é mais difícil do que conquistar. É um ano de mudanças por causa da Champions, com o que implica ser ou não campeão além do título. Se me pergunta se estou satisfeito com estas quatro jornadas, não estou. Vamos estar alerta, só queremos ser um clube que ganhe em campo e seja o mais forte, joguemos os minutos que joguemos. Surpreendido? Mais do que isso, preocupado. Se estamos à procura de um bom espectáculo temos de mudar, o que se passou no Dragão não é a melhor forma de vender o Campeonato lá para fora”, concluiu sobre o que se passou na última jornada no FC Porto-Arouca.