A passagem da tempestade, na noite de 10 para 11 de setembro, provocou inundações e a destruição de duas barragens, criando uma onda de água parecida com um ‘tsunami’, que inundou e destruiu a cidade de Drena, no leste da Líbia.
O novo balanço provisório, divulgado “hoje à tarde”, aponta para pelo menos 3.845 mortos, anunciou este sábado o porta-voz de um comité de supervisão da ajuda humanitária, formado pelo governo de leste, Mohamed Eljarh, citado pela Agência France Presse.
Este número, que inclui apenas os corpos enterrados e registados pelo ministério da Saúde, “prevê-se que aumente diariamente”.
Mohamed Eljarh explicou que os corpos enterrados à pressa pelos habitantes, nos primeiros dias após a catástrofe, não foram contabilizados.
Ainda de acordo com o porta-voz, as autoridades estão a trabalhar para identificar as vítimas enterradas sem identificação, bem como os desaparecidos, cujo número aumentou para mais de dez mil, segundo estimativas das autoridades e de organizações humanitárias internacionais.
Mohamed Eljarh apelou aos habitantes que comuniquem os nomes dos desaparecidos em dois gabinetes criados pelo procurador-geral de Drena.
Entretanto, continuam as buscas para encontrar corpos sob os escombros e no mar. Pelo menos nove equipas estrangeiras continuam a participar nas buscas.
Mais de 43 mil pessoas foram deslocadas devido às inundações, de acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
O Ministério Público líbio abriu há uma semana uma investigação sobre a rutura das duas barragens, construídas na década de 1970, e sobre a atribuição de verbas para a sua manutenção.