Estimada em cerca de dois mil milhões de euros, a herança do milionário egípcio Mohamed Al-Fayed começa agora a ser disputada pelos seus quatro filhos.
O antigo dono dos armazéns londrinos Harrods e do clube de futebol inglês Fulham morreu aos 94 anos no passado dia 30 de agosto, um dia antes de se completarem 26 anos da morte do seu filho Dodi e da princesa Diana.
Multimilionário Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi, morre aos 94 anos
Jasmine, de 42 anos, Karim, 39, Camilla, 38 e Omar, 35, filhos do casamento do multimilionário com a atriz e modelo finlandesa Heini Wathen, são os herdeiros da fortuna que Mohamed Al-Fayed guardou até ao fim dos seus dias. Se a luta oficial ainda não começou, em 2020 já os irmãos mais novos se tinham envolvido num caso com violência física.
Segundo o El País, Camilla e Omar entraram numa batalha judicial depois de o mais novo da família — em tempos considerado o possível sucessor de Al-Fayed no mundo dos negócios — ter decidido avançar sozinho com a sua empresa espacial ESTEE, sediada no Reino Unido e na Suíça.
Numa reunião de família na propriedade de Surrey, Omar terá sido agredido por Mohamed Esreb, o marido Camilla, acabando por levar o caso para tribunal e pedir uma indemnização de mais de 120 mil euros. Camilla alegou perante o juiz que o irmão estava sob o efeito de drogas durante o incidente. O juiz recomendou que os dois chegassem a um acordo sem uma embaraços públicos e custos financeiros.
Na época, Omar acusou Camilla de sofrer de “síndrome da filha do meio” e, sem a mencionar, disse numa entrevista que se considera vítima de “uma luta de poder entre irmãos”. Camilla, por sua vez, acusou-o de “ridicularizar completamente o legado do pai”.
Para os outros dois irmãos, a luta poderá ser mais calma. No caso de Jasmine, as tentativas de se tornar empresária na indústria da moda não tiveram sucesso. Já Karim dirige o Centro Auditivo Karim Fayen, uma organização sem fins lucrativos.
A fim de distribuir o património pelos herdeiros, e evitar conflitos eternos, o direito sucessório do Reino Unido é favorável a que os bens da herança sejam convertidos em dinheiro num processo rápido.