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O míssil que em novembro de 2022 matou dois civis na aldeia polaca de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia, era ucraniano e não russo, confirmou esta quinta-feira o ministro da Justiça polaco.
A explosão no local de uma instalação de secagem de cereais perto de uma escola, a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia, ocorreu quando a Rússia realizava ataques massivos contra infraestruturas civis ucranianas, em todo o território da Ucrânia.
Míssil “de fabrico russo” cai na Polónia. A NATO vai ser arrastada para a guerra na Ucrânia?
“A investigação levada a cabo pelos procuradores polacos levou à conclusão inequívoca de que este míssil era ucraniano”, declarou esta quinta-feira Zbigniew Ziobro, que também ocupa o cargo de procurador-geral polaco.
“Considerando de onde foi disparado e por que unidade militar, tratava-se de um míssil ucraniano”, esclareceu, ao indicar que se tratava de um projétil “de fabrico soviético”. Ziobro lamentou ao mesmo tempo que “durante meses não tenha cooperado neste assunto” com Kiev.
Ponto de situação. O que aconteceu durante o 582.º dia de guerra?
A queda do míssil sobre a aldeia polaca suscitou na altura receios de que a NATO fosse arrastada para o conflito e uma grande escalada na guerra na Ucrânia, uma vez que a Polónia está protegida por um compromisso de defesa coletiva da NATO.
Após um período de dúvidas sobre a origem e os riscos da escalada, Varsóvia acabou na altura por considerar “altamente provável” que se tenha tratado de um “lamentável acidente” devido a um projétil ucraniano. Ziobro não mencionou nenhum responsável pelo incidente.
Zelensky pede à NATO mais sistemas antiaéreos para o inverno
O partido polaco de extrema-direita Konfederacja, antieuropeu e antiucraniano, exigiu o pagamento de “compensações” por parte de Kiev, duas semanas antes das eleições legislativas na Polónia onde este grupo pode contar com o apoio de cerca de 10% de eleitores.