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As Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram, esta segunda-feira, um vídeo que alegadamente prova que o hospital pediátrico de Rantisi, na Cidade de Gaza, foi usado pelo Hamas para manter reféns.

Nas imagens, Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita, mostra uma cave com várias salas onde, alega, o grupo terrorista mantinha os equipamentos necessários para conduzir um rapto. Numa das paredes, aponta para um calendário com início a 7 de outubro, data do massacre em Israel que vitimou 1.200 pessoas, tendo cerca de 240 sido tomadas como reféns e levadas para Gaza. Nele, diz, estão apontados em árabe os turnos dos guardas para vigiarem os reféns.

“Esta operação, que ainda está a decorrer, foi conduzida por uma unidade especial israelita, os Seals da Marinha de Israel”, explica na cave em questão, dirigindo-se à câmara em inglês. “Quero mostrar-vos um quarto onde encontrámos todo o equipamento operacional do Hamas.”

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Hagari afirma que este é um dos vários hospitais de Gaza que foram usados como quartéis pelo Hamas, tal como, alega, se passa com o hospital de al-Shifah. Ajoelhando-se perto de uma vasta seleção de armas recolhidas no local e organizadas no chão, explica que se trata de equipamento para “uma grande luta”: coletes com explosivos, granadas de mão, Kalachnikovs e RPGs. “Isto é o Hamas a disparar a partir de hospitais. O mundo tem de compreender contra quem é que Israel está a lutar.”

De seguida, o porta-voz do exército israelita mostra uma mota supostamente usada no dia do massacre, apontando para marcas de balas no assento. “Regressaram para o hospital de Rantisi no dia 7 de outubro com reféns numa mota.”

Também na cave, Hagari mostra uma cadeira onde estão pousadas roupas, cordas, fraldas, um biberão. Nessa área, foram construídos duches, casas de banho, uma cozinha e instalada uma ventilação improvisada.  “Esta é uma área onde suspeitamos que estavam a ser mantidos os reféns”, continua.

Numa outra sala, onde as paredes sem janelas foram cobertas com cortinas, declara: “Não há razão para colocar aqui uma cortina, a não ser que queiram fazer vídeos dos reféns.”

O vídeo divulgado pelas IDF foi entretanto legendado em português, partilhado no X (antigo Twitter) pelo embaixador israelita em Portugal, Don Shapira.