Em atualização

Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia

Apesar das sanções impostas após a invasão da Ucrânia, o petróleo russo continua a chegar aos Estados Unidos da América. A notícia é do Washington Post, como resultado de uma investigação jornalística onde revela ainda que os produtos russos são usados para abastecimento militar norte-americano.

Após as proibições impostas pelo Ocidente, a refinaria grega Motor Oil Hellas, no Mar Egeu, que fornece o Pentágono, deixou alegadamente de recorrer ao petróleo russo para se abastecer. Mas o jornal norte-americano mostra que a empresa mudou apenas a rota através do qual o fazia.

Segundo a investigação, a Motor Oil Hellas criou uma rota de exportação, em que o petróleo russo é primeiro enviado para a Turquia, onde fica armazenado, de forma a não ser rastreada a sua origem. Só depois disso é que chega à Grécia e, finalmente, aos Estados Unidos.

O jornal norte-americano revelou ainda que a Motor Oil Hellas obteve mais de mil milhões de dólares (928 milhões de euros) em contratos com o Pentágono desde que a proibição da importação de petróleo russo entrou em vigor, em março de 2022.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

EUA vão anunciar embargo às importações de petróleo russo

A mesma investigação revela ainda que a central turca Dortyol exportou cerca de sete milhões de barris desde as sanções da União Europeia, tendo mais de quatro milhões (aproximadamente 56%) sido enviados para a refinaria grega.

Não vejo outra conclusão possível senão que o combustível russo está a ir para a Motor Oil Hellas”, disse Robert Auers, um modelador de refinarias e analista do mercado de combustíveis refinados da empresa de investigação RBN Energy, que analisou as conclusões do jornal norte-americano.

O Washington Post chegou a esta conclusão através de registos de transporte marítimo e outros que tornaram possível seguir o rasto do petróleo russo. No entanto, garante que “não foi possível determinar a quantidade exata de petróleo de origem russa nos produtos adquirido pelo Pentágono”.