Vários estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, anunciaram em comunicado que fecharam um dos edifícios às 8h00 desta sexta-feira e mantiveram-se no interior do mesmo. Fonte oficial da faculdade assegura que o edifício não está fechado e que aulas estão a decorrer com normalidade, realçando que apenas uma das quatro portas do edifício está fechada e que os restantes alunos circulam pelos outros acessos.
Em comunicado, os estudantes justificam tratar-se de um “protesto contra os combustíveis fósseis” e reivindicam “o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025”, com o objetivo de este ser “o último Inverno de gás em Portugal”.
“O colapso climático está eminente, todos os relatórios científicos dizem que temos de mudar agora e rapidamente, ou será tarde demais. Os desastres climáticos são cada vez mais frequentes e continuamos a agir como se nada fosse. Isto é uma emergência e tem de ser tratada como tal.”, refere Beatriz Xavier, porta-voz da Greve Climática Infantil.
A porta-voz descreve os ativistas climáticos como “o alarme de incêndio” que está a avisar que é preciso “parar para nos podemos salvar”. “Não podemos continuar a ignorar enquanto o fogo se alastra e estamos a ficar sem tempo”, realça, frisando que é preciso “ter coragem e determinação para soar o alarme”.
No início da semana, a PSP deteve seis estudantes na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa, que tinham a intenção de passar a noite no local num em “protesto pacífico”. O grupo resistiu de forma a manter a ocupação, mas acabou por ser retirado da faculdade e detido por volta da 1h00 e terça-feira.
Notícia atualizada com fonte da faculdade a confirmar que o edifício não está totalmente fechado.