A Forbes divulgou, esta quarta-feira, a sua 20ª classificação anual das mulheres mais poderosas do mundo e Ursula von der Leyen é a primeira da lista, pelo segundo ano consecutivo.
A presidente da Comissão Europeia, de 65 anos, é a primeira mulher a ocupar o cargo “que é responsável pela legislação que afeta mais de 450 milhões de europeus”, disse a Forbes. A política alemã, que ocupa o posto desde 2019, ficou à frente da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Em terceiro lugar ficou a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, seguida da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Taylor Swift, que se encontrava na 79ª posição no ano passado, subiu este ano até à 5ª posição. A cantora e compositora, de 33 anos, ganhou, supostamente, 850 milhões de dólares com a sua digressão mundial Eras, que fez dela uma jovem bilionária. Outras cantoras mencionadas pela revista são Beyoncé, na 36ª posição, e Rihanna na 76º.
Oprah Winfrey, que foi a apresentadora mais bem paga da história da televisão norte-americana, ficou em 31º.
Até a boneca e personagem fictícia Barbie foi referida e ficou no 100ª lugar. A última posição é atribuída todos os anos a uma figura que não é a imagem tradicional de poder, mas que, mesmo assim, definiu um ano.
Ao olharmos para a listagem vemos nomes influentes da política, do entretenimento e do mundo empresarial, o que evidencia que as mulheres têm impacto nas mais diversas áreas. A composição da lista reflete o que a Forbes chama de “imagem complexa da influência das mulheres num mundo volátil”.
Desde 2004, a revista de negócios norte-americana publica anualmente uma lista com o seu ranking das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Editada por jornalistas proeminentes da Forbes, incluindo Moira Forbes, a lista é compilada utilizando vários critérios. Em 2023, a Power List foi determinada por quatro métricas principais: dinheiro, mídia, impacto e esferas de influência. A Forbes explica como foi feita a seleção: “Para as líderes políticas, pesamos o produto interno bruto e as populações; para as chefes corporativas, as receitas, as avaliações e o número de funcionários foram críticos. As menções na mídia e o alcance social foram analisados para todas. O resultado: 100 mulheres que moldam as políticas, os produtos e as lutas políticas que definem o nosso mundo”.
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“Essas lutas incluem a autonomia reprodutiva das mulheres na América; o acesso das raparigas à educação no Afeganistão e os direitos pessoais no Irão; proteção contra a violência baseada no género em zonas de conflito como a Ucrânia e Gaza; e uma política climática exequível que proteja a saúde e o bem-estar das mulheres nas economias de baixos rendimentos e baseadas na agricultura.”, lê-se no site da Forbes.
A revista faz questão de sublinhar que entre janeiro e abril de 2023 o número de mulheres mais poderosas do mundo diminuiu. Várias líderes femininas como Sanna Marin, Jacinda Ardern e Nicola Sturgeon já não governam países, pois perderam ou abandonaram os seus empregos de supervisão da Finlândia, Nova Zelândia e Escócia. Susan Wojcicki deixou o cargo de CEO do YouTube após nove anos no comando e Martina Merz, presidente-executiva do conglomerado alemão Thyssenkrupp, fez o mesmo. Todas elas foram substituídas por um homem.
A meio do ano as coisas começaram a mudar e o poder feminino começou a aumentar. Em maio, Robyn Grew tornou-se a primeira mulher a liderar o Man Group, um fundo de cobertura com 161 mil milhões de dólares em ativos. Em junho, Debra Crew assumiu o comando da empresa Diageo, tornando-se uma das poucas mulheres CEOs nas 100 maiores empresas da Bolsa de Valores de Londres.
Contudo “ainda temos trabalho a fazer para [colocar] as mulheres em posição de assumir cargos de liderança.”, disse Hillary Rodham Clinton à Forbes em março. Pois como disse Maggie McGrath: “É quando as mulheres chegam suficientemente longe em assentos de poder em vários lugares do mundo que as coisas começam a mudar.”.